PCP requer processo do deputado Passos Coelho

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João Oliveira transmitiu posição depois de Passos Coelho ter respondido ao requerimento do PCP MIGUEL MANSO

Esta posição foi transmitida aos jornalistas pelo líder parlamentar do PCP, João Oliveira, depois de a secretária-geral da Assembleia da República ter concluído que "não existe" no parlamento uma "declaração de exclusividade" de Pedro Passos Coelho enquanto deputado entre 1995 e 1999 e que a posterior atribuição de subsídio de reintegração ter-se-á baseado em dados sobre os rendimentos.

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Esta posição foi transmitida aos jornalistas pelo líder parlamentar do PCP, João Oliveira, depois de a secretária-geral da Assembleia da República ter concluído que "não existe" no parlamento uma "declaração de exclusividade" de Pedro Passos Coelho enquanto deputado entre 1995 e 1999 e que a posterior atribuição de subsídio de reintegração ter-se-á baseado em dados sobre os rendimentos.

Para o líder parlamentar do PCP, este caso "aponta para uma situação que não é clara, implicando o apuramento da situação ao nível judicial, nomeadamente do ponto de vista criminal, mas também o apuramento de responsabilidades políticas".

"Ainda hoje vamos tomar medidas para que sejam solicitados à Comissão Parlamentar de Ética os elementos relativos ao processo que se relaciona com as incompatibilidades. Queremos dispor de todos os elementos que constam do processo, designadamente o requerimento feito pelo então deputado Pedro Passos Coelho para que o parecer [do subsídio de reintegração] fosse dado", salientou João Oliveira.

Por outro lado, João Oliveira disse que o PCP vai também solicitar à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, que faça chegar os elementos relativos ao processo referente à exclusividade e ao subsídio de reintegração do actual primeiro-ministro.

"Fazendo [a presidente da Assembleia da República] chegar esses elementos aos diferentes grupos parlamentares, simultaneamente, esses elementos sejam enviados ao senhor primeiro-ministro com um pedido de esclarecimento sobre a situação, nomeadamente com o que isso implica não só do ponto de vista da conformidade legal, mas, obviamente, também, com o que se relaciona com o apuramento da responsabilidade política", frisou o líder da bancada comunista.