Tudo em família no prémio Emergentes dst nos Encontros da Imagem de Braga

Fotógrafa francesa Marie-Pierre Cravedi e o seu trabalho sobre a sua família Reúnion recebeu este sábado a distinção máxima.

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Nesse equilíbrio em que a fotógrafa tenta avaliar a identidade do indivíduo no contexto colectivo que é a família, a obra de Marie-Pierre Cravedi é “bastante inimista e realista”, descreve em comunicado David Balsells, presidente do júri, que reconhece que esta é “uma fotografia que demora a entender. É preciso tempo para se compreender a mensagem que é transmitida”. O prémio respeitante à 5.ª edição de um dos mais importantes galardões atribuídos em Portugal na área da fotografia e agora entregue à autora francesa – que também surge representada em algumas das imagens agora premiadas - tem um valor pecuniário de 7500 euros.

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Nesse equilíbrio em que a fotógrafa tenta avaliar a identidade do indivíduo no contexto colectivo que é a família, a obra de Marie-Pierre Cravedi é “bastante inimista e realista”, descreve em comunicado David Balsells, presidente do júri, que reconhece que esta é “uma fotografia que demora a entender. É preciso tempo para se compreender a mensagem que é transmitida”. O prémio respeitante à 5.ª edição de um dos mais importantes galardões atribuídos em Portugal na área da fotografia e agora entregue à autora francesa – que também surge representada em algumas das imagens agora premiadas - tem um valor pecuniário de 7500 euros.

Além de Marie-Pierre Cravedi, foram reconhecidos nos Emergentes dst com menções honrosas os fotógrafos Diego Saldiva e Cécile Burban. No mais importante festival de fotografia português, o brasileiro Diego Saldiva foi distinguido pela sua documentação do nascimento do filho e seus efeitos no corpo da mulher, cicatrizes de um parto mas também de problemas de saúde da criança. Sentimento e perda, documento e registo. Já a francesa Burban levou a Braga Dernières séances, série sobre cinemas abandonados em África, em particular no Mali, em que tentou transmitir a nostalgia daqueles espaços de limbo artístico.

Ao prémio Emergentes dst concorreram 80 fotógrafos, seleccionados a partir das cerca de 500 candidaturas enviadas ao festival de autores de países tão variados quanto o Japão, Rússia, Reino Unido ou da Escandinávia, que apresentaram os seus portefólios ao júri presidido por David Balsells e que foram avaliados por 21 críticos. Balsells encontrou trabalhos “de um nível bastante elevado”. O melhor portefólio do Emergentes dst recebe, além do prémio monetário, a possibilidade de o autor expor o seu trabalho na próxima edição do Encontros da Imagem, que será a 25.ª. Os encontros, que arrancaram dia 18 e se prolongam até 31 de Outubro em Braga, realizam-se este ano sob o tema A Fé e a Esperança.