Partido anti-euro alemão entra pela primeira vez num estado-federado

Alternativa para a Alemanha elege deputados para o parlamento da Saxónia.

Foto
Bernd Lucke, líder da AfD, festeja em Berlim o bom resultado do seu partido na Saxónia DANIEL NAUPOLD/AFP

O resultado da AfD foi de 9,6%, de acordo com sondagens à boca das urnas, acima do previsto. As eleições foram ganhas pela CDU (união Democrata-Cristã) da chanceler Angela Merkel, que exclui qualquer coligação com a AfD.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O resultado da AfD foi de 9,6%, de acordo com sondagens à boca das urnas, acima do previsto. As eleições foram ganhas pela CDU (união Democrata-Cristã) da chanceler Angela Merkel, que exclui qualquer coligação com a AfD.

O partido ficou a pouco de conseguir representação parlamentar nacional nas eleições de Setembro de 2013, com 4,7% dos votos, não chegando ao mínimo de 5% necessário para entrar no Bundestag – uma barreira imposta para impedir partidos extremistas e caos político que assustam o país.

A AfD é um partido polémico na Alemanha. Teve grandes ganhos nas eleições para o Parlamento Europeu, com 7,1%, elegendo sete eurodeputados.

O seu programa não é muito definido, e numa entrevista ao Público, o seu fundador e principal figura, Bernd Lucke, defendeu tanto um euro com um núcleo menor de países como o fim da moeda única.

Muitos acusam a AfD de jogar com uma lógica nacionalista e de atrair extremistas de direita. Na Saxónia, um dos poucos estados-federados em que o partido de extrema-direita NPD tem deputados, estes mantiveram a representação mas com apenas 5%, o mínimo necessário.

A AfD terá tirado votos ao NPD e também aos liberais, que eram o parceiro de coligação da CDU no estado e que não conseguiram eleger representação, ficando-se pelos 3,7%. Os democratas-cristãos vão ter de se coligar com um outro partido, provavelmente os sociais-democratas, à semelhança da coligação no poder no Governo nacional.