Uma nomeação bizarra das Finanças

A história é fácil de contar. Um antigo gestor da Metro do Porto foi escolhido pelo Governo para coordenar a nova unidade técnica que vai fiscalizar as contas das empresas públicas. O problema é que o escolhido esteve na direcção financeira da Metro do Porto numa altura em que a empresa de transportes fez investimentos ruinosos em swaps. E seria agora ele a fiscalizar as contas das empresas públicas, o que seria bizarro.

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A história é fácil de contar. Um antigo gestor da Metro do Porto foi escolhido pelo Governo para coordenar a nova unidade técnica que vai fiscalizar as contas das empresas públicas. O problema é que o escolhido esteve na direcção financeira da Metro do Porto numa altura em que a empresa de transportes fez investimentos ruinosos em swaps. E seria agora ele a fiscalizar as contas das empresas públicas, o que seria bizarro.

O facto de o gestor ter renunciado ao cargo, alegando motivos pessoais, não esvazia a polémica. O ministério de Maria Luís Albuquerque, já se percebeu, não lida bem com swaps. E até pode argumentar que informação relevante terá sido omitida do currículo do gestor. Mas a aparente ligeireza com que se aceita alguém para exercer um cargo de responsabilidade, sem se dar ao trabalho de escrutinar o percurso profissional, é confrangedora.