Ébola chega ao Senegal

Estudante da Guiné-Conacri, que tinha estado em contacto com doentes, fugiu para o país vizinho e levou o vírus com ele.

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Luta contra o ébola na Guiné-Conacri, onde o surto começou em Dezembro de 2013 AFP

A chegada do ébola ao Senegal foi confirmada pela ministra da Saúde senegalesa, Awa Marie Coll Seck, em conferência de imprensa nesta sexta-feira. A ministra disse, citada pela agência Reuters, que o jovem estudante procurou tratamento num hospital de Dacar, mas escondeu o facto de ter estado em contacto directo com doentes de ébola no seu país natal.

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A chegada do ébola ao Senegal foi confirmada pela ministra da Saúde senegalesa, Awa Marie Coll Seck, em conferência de imprensa nesta sexta-feira. A ministra disse, citada pela agência Reuters, que o jovem estudante procurou tratamento num hospital de Dacar, mas escondeu o facto de ter estado em contacto directo com doentes de ébola no seu país natal.

Ainda segundo a ministra senegalesa, as autoridades da Guiné-Conacri disseram que o estudante tinha desaparecido da capital há três semanas, apesar de estar sob forte vigilância, por ter estado em contacto com doentes de ébola. “Os resultados dos testes realizados pelo Instituto Pasteur de Dakar foram positivos”, referiu ainda a ministra.

Dacar alberga várias agências das Nações Unidas e grupos ligados à ajuda humanitária. Também serve de sede regional para empresas, muitas ligadas a serviços financeiros, bancos e tabaqueiras. Num esforço para se isolar do surto em curso na Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria, o Senegal tinha anunciado na semana passada o encerramento das suas fronteiras terrestres com a Guiné-Conacri, a sul. Também proibiu os ligações aéreas com a Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa, mas não com a Nigéria.

Este é o pior surto de sempre de ébola, desde a descoberta do vírus em 1976. Nos quatro países já afectados pela epidemia na África Ocidental, foram infectadas 3069 pessoas e morreram 1552, segundo dados de quinta-feira da Organização Mundial da Saúde.