"Vamos ficar juntos", pedem celebridades britânicas aos escoceses

Sondagens continuam a mostrar uma maioria para o "não" à independência da Escócia, mas o "sim" ganhou terreno.

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Mick Jagger não quer perder a Escócia Terje Bendiksby/reuters

Numa carta aberta divulgada na imprensa britânica, figuras públicas como Ruth Rendell, David Attenborough, Tom Daley, William Boyd, Alain de Botton, Anish Kapoor, Judi Dench ou Helena Bonham-Carter pedem aos escoceses para “não partirem”.

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Numa carta aberta divulgada na imprensa britânica, figuras públicas como Ruth Rendell, David Attenborough, Tom Daley, William Boyd, Alain de Botton, Anish Kapoor, Judi Dench ou Helena Bonham-Carter pedem aos escoceses para “não partirem”.

“A decisão é evidentemente inteiramente vossa. Mas terá um enorme impacto sobre todos nós no Reino Unido. Queremos dizer-vos o quanto estimamos os laços de cidadania que partilhamos e expressar a nossa esperança de vocês votem para os renovar”, lê-se na carta aberta.

A lista de signatários inclui também várias celebridades escocesas, como o antigo jogador de râguebi, Kenny Logan, ou a actriz Louise Linton.

“É formidável saber que a Escócia tem tantos amigos e admiradores, e nós sabemos que eles vão continuar a gostar de nós e a admirar-nos depois de nós votarmos ‘sim’ no dia 18 de Setembro, reagiu, citado pela AFP, um representante da campanha "Yes Scotland", a favor da independência.

A seis semanas da votação, e apesar das variações dos últimos meses, os que querem que a Escócia se mantenha no Reino Unido continuam em maioria, mas quer os apoiantes quer os opositores da independência reconhecem que a distância que os separa é passível de ser anulada. Uma síntese de todas as sondagens recentes publicada na semana passada pelo jornal Financial Times conclui que 48% dos eleitores pensam votar “não” contra 36% que apoiam a independência face a Londres. Mas um outro estudo publicado no fim-de-semana colocava o “sim” nos 40%, com uma desvantagem de apenas seis pontos percentuais.

A campanha pela manutenção da Escócia no Reino Unido recebeu ao longo dos últimos meses apoios internacionais como Hillary Clinton, Barack Obama, ou o primeiro-ministro chinês Li Keqiang.

Evitando a palavra independência ou o recurso a imagens negativas e ameaçadoras, a pequena carta aberta termina com uma certeza: “Aquilo que nos une é muito maior do que aquilo que nos separa". E um pedido: “Vamos ficar juntos”.