Festival de Almada teve 20 mil espectadores
A 31.ª edição do Festival de Almada apresentou 30 espetáculos, 23 dos quais peças de teatro, e iniciativas paralelas como concertos, colóquios, sessões de cinema e tertúlias, num total de 139 sessões.
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Para a renovação de público contribuíram factores como a "aposta" na apresentação de peças do que é considerado o "novíssimo teatro argentino" e que "cativaram muito público jovem", referiu o também diretor da Companhia de Teatro de Almada (CTA).
O sentido dos mestres, um ciclo de cursos iniciado este ano sobre disciplinas relacionadas com teatro e que foi dirigido pelo actor e encenador Luís Miguel Cintra, contribuiu também para atrair tanto público como criadores mais jovens, acrescentou.
Rodrigo Francisco sublinhou ainda o facto de o festival se manter "fiel" aos princípios que nortearam a sua criação: "subversão dos valores comerciais, grande respeito pelo público e criadores e uma grande abertura a toda a gente, sem hierarquização de companhias".
"Continuamos a dar o mesmo tratamento e o mesmo valor a peças apresentadas por companhias de renome internacional como a peças de jovens criadores e até mesmo de quase desconhecidos", disse.
O Festival de Almada foi criado em 1984, pelo actor e encenador Joaquim Benite, que, em 1970, fundou o Grupo de Campolide (Lisboa) e, em 1978, o transferiu para Almada. Benite dirigiu a CTA e o Festival até à sua morte, em 2012.
No final da 31.ª edição foi atribuído a Tiago Bartolomeu Costa (crítico de artes perfomartivas do Público) o Prémio Internacional de Jornalismo Carlos Porto, instituído pela Câmara Municipal de Almada em 2008. O crítico de teatro Augusto Seabra, também do Público, foi um dos quatro vencedores de menções honrosas.
, uma peça de Mário Botequilha, encenada por Miguel Seabra, foi escolhido público como Espectáculo de Honra, voltando, assim, à cena no próximo ano.
A peça conta a história do embuste perpetrado pelo banqueiro Pantalone e, apesar de remeter para o universo cómico italiano da commedia dell´arte, "debruça-se sobre a actualidade, sobre os tempos da bancarrota ética e moral", referiu Rodrigo Francisco.
A 31.ª edição do Festival de Almada apresentou 30 espetáculos, 23 dos quais peças de teatro, e iniciativas paralelas como concertos, colóquios, sessões de cinema e tertúlias, num total de 139 sessões.