Como explicar tais ausências em Díli?

A cimeira de Díli, onde os chefes de Estado dos países da CPLP oficializariam a entrada da Guiné Equatorial como membro de pleno direito da organização, entrada essa à qual Portugal durante muito tempo se opôs, terá duas ausências de peso. Uma, já garantida, é a da Presidente do Brasil, Dilma Rousseff; outra, semi-confirmada, é a do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Serão, diz-se, representados por vices. Não é a mesma coisa, como se sabe. E é no mínimo estranho que os chefes de Estado dos dois maiores países que apoiaram a adesão de Obiang estejam ausentes (por mais justificada que seja essa ausência) no momento da sua entrada oficial na organização. Para Timor, é um golpe inesperado. E para Portugal é um embaraço. Porque sobrará para o chefe de Estado português, antigo e declarado adversário da aceitação de Obiang, o incómodo de servir de “muleta” oficial ao novo “sócio” e perpétuo ditador. Uma vergonha.

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A cimeira de Díli, onde os chefes de Estado dos países da CPLP oficializariam a entrada da Guiné Equatorial como membro de pleno direito da organização, entrada essa à qual Portugal durante muito tempo se opôs, terá duas ausências de peso. Uma, já garantida, é a da Presidente do Brasil, Dilma Rousseff; outra, semi-confirmada, é a do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Serão, diz-se, representados por vices. Não é a mesma coisa, como se sabe. E é no mínimo estranho que os chefes de Estado dos dois maiores países que apoiaram a adesão de Obiang estejam ausentes (por mais justificada que seja essa ausência) no momento da sua entrada oficial na organização. Para Timor, é um golpe inesperado. E para Portugal é um embaraço. Porque sobrará para o chefe de Estado português, antigo e declarado adversário da aceitação de Obiang, o incómodo de servir de “muleta” oficial ao novo “sócio” e perpétuo ditador. Uma vergonha.