Os dois candidatos às presidenciais reclamam vitória na Indonésia
Teme-se que a situação possa criar um perigoso limbo político.
As estimativas são feitas por agências privadas que coligem os resultados que vão chegando de cada distrito – mas não são ainda oficiais, explica a Reuters. Só haverá resultados oficiais, validados, a 21 ou 22 de Julho, e o novo Presidente deverá tomar posse em Outubro.
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As estimativas são feitas por agências privadas que coligem os resultados que vão chegando de cada distrito – mas não são ainda oficiais, explica a Reuters. Só haverá resultados oficiais, validados, a 21 ou 22 de Julho, e o novo Presidente deverá tomar posse em Outubro.
As televisões foram no entanto divulgando estimativas de acordo com a simpatia política de cada canal, diz o jornal britânico The Guardian, mas em geral as previsões apontam para que Joko Widodo tenha tido 53% dos votos e Prabowo Subianto 47%.
“Acho que vamos ficar num limbo. Quem vai enfrentar Prabowo e dizer-lhe na cara que está errado?”, comentou ao Guardian o analista político Yohanes Sulaiman. O ex-general, afastado das forças especiais por ter ordenado raptos de activistas pró-democracia, em 1998, é conhecido pelo temperamento tempestuoso.
Esta situação pode deixar a terceira maior democracia do mundo num vazio constitucional, de duração indeterminada. Esta foi a campanha mais suja e violenta num país que tradicionalmente valoriza o consenso – mas que só há 16 anos saiu da longa ditadura de Suharto (1967-1998).
Jokowi parece ser o candidato preferido dos mercados, diz a AFP. O ex-general, de tendências fortemente nacionalistas, pode afugentar os investidores estrangeiros, dizem alguns analistas.