Baixar o IRS e depois logo se vê

Esta semana os ministros das Finanças do Eurogrupo fizeram uma recomendação a 11 países do euro, incluindo Portugal, para que baixassem o IRS por considerarem que a elevada a carga fiscal sobre o trabalho “tem sido um obstáculo à actividade económica e à criação de mais postos de trabalho”. É uma evidência e só é pena que não tenham chegado a esta conclusão mais cedo. O que ficou por explicar é a aparente contradição entre a sugestão de baixar os impostos, o que significa o Estado abdicar de parte da receita, e a intransigência em relação ao cumprimento da meta do défice.

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Esta semana os ministros das Finanças do Eurogrupo fizeram uma recomendação a 11 países do euro, incluindo Portugal, para que baixassem o IRS por considerarem que a elevada a carga fiscal sobre o trabalho “tem sido um obstáculo à actividade económica e à criação de mais postos de trabalho”. É uma evidência e só é pena que não tenham chegado a esta conclusão mais cedo. O que ficou por explicar é a aparente contradição entre a sugestão de baixar os impostos, o que significa o Estado abdicar de parte da receita, e a intransigência em relação ao cumprimento da meta do défice.

Também ontem a OCDE veio sugerir uma descida do IRS, mas para que o défice não derrape a organização sugere novos impostos ambientais ou sobre a propriedade. Seria dar com uma mão e tirar com a outra. É indiscutível que precisamos de baixar os impostos; mas sugestões como as do Eurogrupo e da OCDE não passam de demagogia económica.