Merkel pela sétima vez na China para fazer negócios

Pequim e Berlim têm uma "relação especial" como grandes exportadores.

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Angela Merkel com o primeiro-ministro Li Keqiang Andy Wong/REUTERS

A China e a Alemanha tiveram um volume de negócios de 140.400 milhões de euros no ano passado, atestando a estratégia alemã de aumentar as trocas comerciais com as grandes economias emergentes. Numa altura em que os chefes de Governo ocidentais se atropelam para ir a Pequim com grandes delegações comerciais, Merkel é a líder ocidental que mais vezes já foi à China.

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A China e a Alemanha tiveram um volume de negócios de 140.400 milhões de euros no ano passado, atestando a estratégia alemã de aumentar as trocas comerciais com as grandes economias emergentes. Numa altura em que os chefes de Governo ocidentais se atropelam para ir a Pequim com grandes delegações comerciais, Merkel é a líder ocidental que mais vezes já foi à China.

Em termos oficiais, Berlim diz que os laços com Pequim são “uma relação especial” – um termo normalmente reservado para aliados muito próximos, como os Estados Unidos ou França. “A China está a disputar aos EUA a posição de mercado mais importante para a Alemanha fora da União Europeia”, comentou ao Wall Street Journal Hans Heinrich Driftmann, presidente da Associação das Câmaras de Comércio e Indústria Alemãs.

Em 2011, as exportações alemãs para a China foram 206% mais altas do que 2005, enquanto neste período as exportações para o resto da União Europeia cresceram apenas 24% e 6,3% para os EUA, de acordo com dados alemães, citados pelo mesmo jornal. Em 2013, diz a AFP, as exportações da Alemanha para a China foram no valor de 67 mil milhões de euros, e as chinesas para a Alemanha ultrapassaram 73 mil milhões. No investimento directo há um grande desequilíbrio: as empresas alemãs investiram 26 mil milhões de euros na China, enquanto o movimento contrário foi de apenas 1200 milhões.

A crescente dependência económica alemã do mercado chinês está a fazer com que Berlim não mencione questões de direitos humanos, como nesta viagem, embora o artista plástico Ai Wei Wei tenha pedido para se encontrar com Angela Merkel.