A Espanha em ruínas

Foi curta a estadia da campeã mundial no Brasil. Segunda derrota consecutiva dita regresso a casa da equipa de Vicente del Bosque.

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No mesmo cenário onde há um ano caiu na final da Taça das Confederações, frente ao Brasil (0-3), a selecção espanhola assinou a certidão de óbito de um período de hegemonia no futebol mundial. A campeã mundial e bicampeã europeia em título protagonizou uma passagem desastrosa por este Campeonato do Mundo, não conseguindo disfarçar o declínio em que entraram vários dos seus jogadores. Da defesa ao ataque, ninguém esteve ao nível exigido: foi tão gritante a intranquilidade de Casillas como a incapacidade de Diego Costa fazer frente aos defesas adversários e aos cânticos com que as bancadas o visaram.

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No mesmo cenário onde há um ano caiu na final da Taça das Confederações, frente ao Brasil (0-3), a selecção espanhola assinou a certidão de óbito de um período de hegemonia no futebol mundial. A campeã mundial e bicampeã europeia em título protagonizou uma passagem desastrosa por este Campeonato do Mundo, não conseguindo disfarçar o declínio em que entraram vários dos seus jogadores. Da defesa ao ataque, ninguém esteve ao nível exigido: foi tão gritante a intranquilidade de Casillas como a incapacidade de Diego Costa fazer frente aos defesas adversários e aos cânticos com que as bancadas o visaram.

Pela terceira vez nos últimos quatro Mundiais, o detentor do título foi eliminado na fase de grupos – aconteceu com Itália (em 2010, com dois empates e uma derrota, quatro golos marcados e cinco sofridos) e França (em 2002, com um empate e duas derrotas, sem golos marcados e três sofridos). A selecção espanhola já concedeu sete golos no Brasil e apontou apenas um.

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Solidária do primeiro ao último minuto, a selecção chilena pressionou intensamente, nunca permitindo à Espanha parar para pensar – ou respirar. A equipa de Jorge Sampaoli passou por cima das ruínas espanholas para chegar à próxima fase do Mundial.

A vantagem do Chile chegou numa genial jogada colectiva: Alexis Sánchez lançou Aránguiz, que entregou a Vargas. Este, com um toque subtil, tirou Casillas do lance e, em queda, rematou para o fundo da baliza. O golpe de misericórdia veio antes do intervalo, com a defesa espanhola lentíssima a reagir ao livre de Alexis Sánchez que Casillas travou – mas para os pés de Aránguiz, que rematou para o 0-2.

Campeã ao fundo e festa chilena num Maracanã pintado de vermelho (o chileno, intenso; o espanhol muito desbotado). O cenário perfeito para uma ocasião assim.
 
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