Mortes devido ao vírus do Ébola aumentam na Guiné-Conacri

Número total subiu para 208 desde Fevereiro. Só nos últimos dias foram registados 58 novos casos, 21 dos quais mortais.

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O mais recente surto do Ébola começou em Fevereiro SEYLLOU/AFP

Entre quinta-feira da semana passada e domingo foram registados também 37 novos casos de pessoas que se suspeita terem contraído a febre hemorrágica viral, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 90%.

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Entre quinta-feira da semana passada e domingo foram registados também 37 novos casos de pessoas que se suspeita terem contraído a febre hemorrágica viral, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 90%.

Segundo os números da Organização Mundial de Saúde e dos Médicos Sem Fronteiras, foram detectadas, desde Fevereiro, 328 infecções, 193 das quais confirmadas após testes em laboratório.

Mais de metade das 21 mortes registadas nos últimos dias aconteceu na região de Guekedou, no Sul da Guiné-Conacri, o epicentro do actual surto do Ébola. A poucos quilómetros de distância, já na vizinha Serra Leoa, há registo de pelo menos seis mortes. Outras dez pessoas morreram na Libéria.

Para além destes números, cerca de seis centenas de pessoas estão a ser vigiadas por se suspeitar de que podem ter estado em contacto com o vírus.

A febre hemorrágica do Ébola tem uma taxa de mortalidade a rondar os 90% e transmite-se através de fluídos como a urina, o suor e o sangue, quer entre seres humanos, quer entre animais.

As hipótese de sobrevivência aumentam se a infecção for detectada no início, mas as organizações humanitárias dizem que o número de casos pode estar a aumentar porque muitas pessoas preferem procurar ajuda junto de curandeiros do que em hospitais.