Jerónimo enaltece resultado da CDU e adverte para "isolamento" do Governo

Resultado das europeias "não deixa ao Presidente da República outra decisão que não seja a da convocação de eleições antecipadas", afirma secretário-geral do PCP, no final da reunião do comité central.

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Jerónimo de Sousa rui Gaudêndio

O aumento "da expressão e influência eleitorais" da CDU, com maior percentagem, votos, e com mais um eurodeputado eleito - três, em vez dos dois de 2009 - foi enaltecido por Jerónimo de Sousa em conferência de imprensa na sede do PCP, em Lisboa, no final de uma reunião do comité central.

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O aumento "da expressão e influência eleitorais" da CDU, com maior percentagem, votos, e com mais um eurodeputado eleito - três, em vez dos dois de 2009 - foi enaltecido por Jerónimo de Sousa em conferência de imprensa na sede do PCP, em Lisboa, no final de uma reunião do comité central.

"O resultado agora obtido pela CDU [coligação entre PCP e "Os Verdes"], confirmando o avanço em sucessivos actos eleitorais, constitui uma contribuição da CDU pelo esclarecimento e mobilização e para a pesada derrota que os partidos do Governo, PSD e CDS-PP, sofreram nestas eleições", realçou o comunista.

Jerónimo lembra que o reforço da CDU no sufrágio permite uma "voz reforçada" no Parlamento Europeu na próxima legislatura, que garanta "mais força à defesa dos interesses do povo e do país, contra as imposições do grande capital, do euro e da União Europeia", bem como à "exigência da indispensável ruptura com a política de direita e com a acção deste Governo".

Face a um Governo "crescentemente isolado e vazio de legitimidade", o comité central do PCP "considera inadiável a demissão" do executivo e a convocação de eleições antecipadas "para libertar o país o mais rápido possível deste Governo e desta política".

"Foi tendo presente essa urgente necessidade que o PCP apresentou uma moção de censura ao Governo. Uma censura a uma política e a uma prática de permanente confronto com a Constituição da República, de afronta à lei e de comprometimento do normal funcionamento das instituições", sustentou Jerónimo de Sousa. A "expressiva condenação política agora verificada", prosseguiu, "não deixa ao Presidente da República outra decisão que não seja a da convocação de eleições antecipadas", a "única saída digna e democrática que a situação do país reclama".