1960

1960 foi o ano em que o arquitecto Fernando Távora esteve durante cinco meses em viagem pelo mundo, registando num “diário de bordo” as suas impressões dos países por onde passava. 1960, o filme, pega nos escritos de Távora, dá-os a ler ao actor Marcos Barbosa e usa-os para sonorizar uma série de imagens super 8 que Rodrigo Areias filmou por esses mesmos locais 50 anos depois. Apesar da diferença temporal, ou se calhar por causa dela, o que esta obra tecnicamente excelente, a meio termo entre o documentário e o filme-ensaio, cria é uma espécie de “jogo das diferenças”, que ilustra o velho adágio “plus ça change plus ça reste le même” e que sublinha como é vital pensar a relação da arquitectura com o seu destinatário de um modo que talvez o mundo em que vivemos, cada vez mais veloz, já não permita.

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1960 foi o ano em que o arquitecto Fernando Távora esteve durante cinco meses em viagem pelo mundo, registando num “diário de bordo” as suas impressões dos países por onde passava. 1960, o filme, pega nos escritos de Távora, dá-os a ler ao actor Marcos Barbosa e usa-os para sonorizar uma série de imagens super 8 que Rodrigo Areias filmou por esses mesmos locais 50 anos depois. Apesar da diferença temporal, ou se calhar por causa dela, o que esta obra tecnicamente excelente, a meio termo entre o documentário e o filme-ensaio, cria é uma espécie de “jogo das diferenças”, que ilustra o velho adágio “plus ça change plus ça reste le même” e que sublinha como é vital pensar a relação da arquitectura com o seu destinatário de um modo que talvez o mundo em que vivemos, cada vez mais veloz, já não permita.