Jorge Coelho diz que PS tem de ganhar eleições “custe o que custar”

Foi na pele de antigo presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS que Jorge Coelho fez um forte apelo de mobilização dos socialistas, tendo por horizonte o próximo ciclo eleitoral.

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De cravo vermelho na lapela, Jorge Coelho desafiou todos os socialistas a irem “à luta”, a “trabalhar o que for preciso” para enfrentar “este combate tremendo”. O socialista agora regressado ao partido liderado por António José Seguro (está envolvido na organização da convenção Novo Rumo) apontou o dedo ao Governo “mais à direita que Portugal já teve” e à política que está a impor, “não pelas circunstâncias”, mas por querer operar, sublinhou, uma mudança estrutural. “Quer transformar este país quase num Vietname”, acusou, assegurando que “o PS não pactuará" com os "ataques” aos direitos conquistados ao longo de 40 anos de democracia, da qual considerou o partido um elemento liderante.

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De cravo vermelho na lapela, Jorge Coelho desafiou todos os socialistas a irem “à luta”, a “trabalhar o que for preciso” para enfrentar “este combate tremendo”. O socialista agora regressado ao partido liderado por António José Seguro (está envolvido na organização da convenção Novo Rumo) apontou o dedo ao Governo “mais à direita que Portugal já teve” e à política que está a impor, “não pelas circunstâncias”, mas por querer operar, sublinhou, uma mudança estrutural. “Quer transformar este país quase num Vietname”, acusou, assegurando que “o PS não pactuará" com os "ataques” aos direitos conquistados ao longo de 40 anos de democracia, da qual considerou o partido um elemento liderante.

Para essa luta, Jorge Coelho assumiu que conta com o secretário-geral do PS que estava sentado à sua frente. Elogiou Seguro pelo seu “combate permanente”, mas também pela resistência a “incompreensões permanentes”. O antigo braço direito de António Guterres aproveitou para deixar uma palavra de indignação sobre o "discurso 'agora que isto está a dar a volta’" que atribui ao Governo e, logo de seguida, fez outro apelo aos socialistas. “Temos aqui muitos militantes Temos de ajudar a desmontar este autêntico logro em que as pessoas podem cair”, sublinhou, invertendo aquela máxima de repetir mentiras para que estas se tornem verdades. Coelho diz que é preciso “repetir verdades, para elas serem mais fortes”.

Perante mais de mil militantes reunidos no Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa – onde também compareceu o secretário-geral da UGT, Carlos Silva –, Jorge Coelho recordou as promessas feitas por Passos Coelho na campanha eleitoral de 2011, quando afirmou que cortar o 13.º mês era um “disparate” ou garantiu que não iria aumentar impostos. E perguntou: “Quem diz uma coisa destas e faz outra, uma pessoa destas merece a confiança dos portugueses?”. Os militantes responderam alto e bom som: “Não!”

Depois de recordar algumas conquistas do 25 de Abril, como o Serviço Nacional de Saúde ou a consolidação da escola pública, Jorge Coelho fez um retrato negro da situação actual do país. “Está a haver um retrocesso total (...) Por isso, queria fazer um grande apelo. Tenho alguma autoridade, estive seis anos à frente desta federação, não perdermos uma eleição”, afirmou. E dirigiu-se ao actual presidente da FAUL, Marcos Perestrello: “Acho que estamos na fase de reiniciar esse ciclo. Já ganhámos as autárquicas, temos de ganhar as legislativas, não podemos permitir que o país continue a ser destruído”.

Entre os homenageados estão figuras como António Costa (que faltou por se encontrar no estrangeiro, em visita oficial), João Soares, João Proença, Edite Estrela e Joaquim Raposo.