John Kerry pede aos países da NATO para não diminuírem os orçamentos de defesa

"A Rússia está a tentar mudar a arquitectura de defesa da Europa", acusou o governante americano

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“A nossa força virá da unidade”, disse Kerry MANDEL NGAN AFP

“A nossa força virá da unidade”, apelou Kerry, referindo-se à ocupação da Crimeia pela Rússia, e aos riscos de invasão e desestabilização do Leste da Ucrânia que Moscovo representa neste momento. “Juntos temos de tornar absolutamente claro ao Kremlin que o território da NATO é inviolável e que defenderemos cada pedaço dele”.

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“A nossa força virá da unidade”, apelou Kerry, referindo-se à ocupação da Crimeia pela Rússia, e aos riscos de invasão e desestabilização do Leste da Ucrânia que Moscovo representa neste momento. “Juntos temos de tornar absolutamente claro ao Kremlin que o território da NATO é inviolável e que defenderemos cada pedaço dele”.

Há que sublinhar, no entanto, que a Ucrânia, não faz parte da NATO – é precisamente por receio de que esta ex-república socialista soviética caia totalmente sob a influência ocidental que a Rússia investe na desestabilização do país.

O chefe da diplomacia americana é um bom conhecedor da história da Europa, e defensor do reforço dos laços entre a Europa e os Estados Unidos. Estas palavras, pronunciadas num centro de estudos em Washington, terão mais a intenção de ser um agitar das consciências, face ao agravar dos acontecimentos no Leste da Ucrânia, onde milícias pró-russas se apoderaram de edifícios públicos e, nos últimos dias, tem havido confrontos violentos.

“Os nossos aliados europeus passaram mais de 20 anos a trabalhar connosco para integrar a Rússia no seio da comunidade euro-atlântica. Mas o que a Rússia está a fazer na Ucrânia mostra-nos que a Rússia [do Presidente Vladimir Putin] joga com regras diferentes”, acusou Kerry, citado pela AFP.

“Com a  ocupação da Crimeia e a desestabilização do Leste da Ucrânia que se seguiu, a Rússia está a tentar modificar a arquitectura de segurança na Europa de Leste e na Europa Central”, afirmou o secretário de Estado norte-americano.