Aguiar-Branco respeita protagonistas pelo que fizeram, não pelo que dizem

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Daniel Rocha

"Acho que devemos ser tolerantes e respeitadores. Em relação a alguns protagonistas eu respeito-os mais por aquilo que fizeram do que por aquilo que agora dizem", afirmou o ministro.

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"Acho que devemos ser tolerantes e respeitadores. Em relação a alguns protagonistas eu respeito-os mais por aquilo que fizeram do que por aquilo que agora dizem", afirmou o ministro.

Questionado sobre as comemorações dos 40 anos do 25 de Abril em Lisboa, que se dividiram entre as celebrações oficiais no Parlamento e uma homenagem a Salgueiro Maia no Largo do Carmo, organizada pela Associação 25 de Abril, Aguiar-Branco, frisou que "comemorar o 25 de Abril é ser tolerante, é respeitarmos todas as formas de expressão, de manifestação e de crítica".

"Eu vejo o exercício da liberdade dessa forma, em democracia a legitimidade é assente no sufrágio directo e universal do povo português. Quem for dessa época lembra-se do slogan ilustrativo 'A arma do povo é o voto', no dia em que retirarmos essa arma ao povo não estamos a cumprir Abril", sublinhou o ministro.

Aguiar Branco falava na inauguração da exposição fotográfica do 20.º Aniversário da Regata do Infante, patente no edifício da Alfândega até 4 de Maio.

Na sua intervenção, o responsável pela Confraria das Almas do Corpo Santo de Massarelos, José Gonçalves, manifestou o desejo de poder realizar uma nova regata no 25.º aniversário da primeira, realizada em Agosto de 1994.

O ministro da Defesa manifestou, em declarações aos jornalistas, a disponibilidade para "avaliar a concretização de uma iniciativa desta dimensão".

"Há sempre um espaço de abertura para esse efeito, porque vai ao encontro dos desígnios que o mar representa para o nosso país e, portanto, as condições em concreto em que isso se pode materializar têm de ser avaliadas, nomeadamente do ponto de vista financeiro", acrescentou.

Na Regata do Infante -- Tall Ships Race, organizada em agosto de 1994 em parceria pela Confraria das Almas do Corpo Santo de Massarelos e pela Associação Portuguesa de Treino de Vela, participaram mais de uma centena de embarcações.

Durante o evento, "mais de 800 mil pessoas visitaram essas embarcações, foram credenciados cerca de 90 jornalistas estrangeiros e estima-se que o volume de vendas do comércio local ultrapassou os três milhões de euros", salientou José Gonçalves.