Atlético de Madrid, gigante entre os gigantes na Liga dos Campeões

Equipa de Diego Simeone superiorizou-se ao Barcelona e fez história. Colchoneros acertaram três vezes nos ferros, venceram (1-0) e estão nas meias-finais da Champions pela primeira vez em 40 anos.

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Koke e David Villa foram dois dos obreiros do feito do Atlético de Madrid Reuters

O duelo entre Atlético de Madrid e Barcelona também foi um duelo entre dois treinadores argentinos. Oito anos de idade separam Diego “Cholo” Simeone e Gerardo “Tata” Martino. O primeiro, mais jovem (deixou de jogar em 2006) levou a melhor e provou que as equipas não se medem pela dimensão dos orçamentos que gastam ou das vedetas que integram. Os colchoneros garantiram de pleno direito a presença num grupo restrito onde têm a companhia de Bayern Munique (campeão em título), Chelsea e Real Madrid. E são os únicos deste lote que nunca venceram a Champions. Na sexta-feira ficarão a saber quem é o adversário nas meias-finais.

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O duelo entre Atlético de Madrid e Barcelona também foi um duelo entre dois treinadores argentinos. Oito anos de idade separam Diego “Cholo” Simeone e Gerardo “Tata” Martino. O primeiro, mais jovem (deixou de jogar em 2006) levou a melhor e provou que as equipas não se medem pela dimensão dos orçamentos que gastam ou das vedetas que integram. Os colchoneros garantiram de pleno direito a presença num grupo restrito onde têm a companhia de Bayern Munique (campeão em título), Chelsea e Real Madrid. E são os únicos deste lote que nunca venceram a Champions. Na sexta-feira ficarão a saber quem é o adversário nas meias-finais.

Tendo obtido na primeira mão um empate (1-1) no terreno do Barcelona, o Atlético de Madrid estava em ligeira vantagem. Mas nem por isso a equipa adoptou uma postura mais cautelosa na recepção aos blaugrana, a quem não ganhavam em casa desde Fevereiro de 2010. Mesmo sem poderem contar com Diego Costa, o homem-golo da equipa, os colchoneros entraram na partida de forma febril e dispostos a deixar rapidamente a eliminatória sentenciada.

A ousadia foi premiada. Logo aos cinco minutos, as bancadas do Vicente Calderón soltaram o grito que tinham preso no peito. A multidão rojiblanca entrou em ebulição com a vantagem no marcador: primeiro Adrián acertou nos ferros da baliza do Barcelona, mas David Villa recuperou o ressalto e voltou a colocar a bola na área. Foi a vez de Adrián cabecear e de Koke, sem oposição, fuzilar a baliza. O Atlético estava mais confortável – e mais perto do sonho.

Apesar de liderar o marcador, a equipa da casa não levantou o pé do acelerador. À imagem do seu treinador, um homem impulsivo e apaixonado, os colchoneros desfrutavam de cada momento sobre o relvado enquanto faziam as bancadas transbordar de emoção. O 2-0 esteve à vista aos 11’ – Koke fez um passe extraordinário para Villa, que acertou nos ferros da baliza. E Pinto voltou a agradecer a todos os santos aos 19’, quando o ex-Barcelona David Villa voltou a acertar na trave.

Ultrapassado o estonteamento inicial, o Barcelona esboçou uma aproximação à baliza do adversário. Os blaugrana estiveram perto do empate aos 13’, quando Dani Alves descobriu Messi na área, mas o cabeceamento do argentino passou a milímetros do poste. Messi voltou a desperdiçar uma oportunidade flagrante aos 24’, ao atirar ao lado após receber a bola de Neymar.

Logo no início do segundo tempo, o guarda-redes Courtois segurou a vantagem do Atlético, corajoso, ao tirar a bola dos pés de Neymar. Mas nem com isso os colchoneros se atemorizaram: Diego (65’) e Gabi (70’) testaram Pinto, que voltou a evidenciar-se no último minuto do tempo regulamentar ao travar o disparo do ex-Benfica e FC Porto Cristián Rodríguez.

A vantagem mínima foi, contudo, suficiente para a equipa de Diego Simeone carimbar um lugar nas meias-finais da Liga dos Campeões. O céu é agora o limite.