Gabriel García Márquez para os jornalistas: “Vão trabalhar e fazer algo de útil”

Nobel da Literatura está internado desde a semana passada.

Foto
Gabriel García Márquez na sua última aparição pública no dia seu aniversário AFP

Quanto aos jornalistas que por estes dias têm estado acampados à porta do hospital, onde está internado o Prémio Nobel da Literatura, Gabriel García Márquez deixou um recado: “Vão trabalhar e fazer algo algo de útil”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Quanto aos jornalistas que por estes dias têm estado acampados à porta do hospital, onde está internado o Prémio Nobel da Literatura, Gabriel García Márquez deixou um recado: “Vão trabalhar e fazer algo algo de útil”.

Esta foi a mensagem que o seu filho Gonzalo García Barcha transmitiu, contando que o seu pai tinha perguntado o que faziam ali tantos jornalistas. “Estão loucos?”, terá perguntado o escritor de 87 anos, citado pelo jornal colombiano El Tiempo.

Ainda segundo o filho, o estado de saúde de Gabriel García Márquez tem vindo a “evoluir favoravelmente”, esperando-se que o escritor tenha alta ainda esta semana. “Está cheio de vontade de voltar para casa”, disse o filho do autor de Cem Anos de Solidão.

Gabriel García Márquez encontra-se no Instituto Nacional de Ciências Médicas e Nutrição Salvador Zubiran, no Sul da capital federal do México.

Aos 87 anos, as suas aparições públicas são cada vez mais escassas. A última vez que foi visto em público foi no dia do seu aniversário, no passado dia 6 de Março, quando apareceu à porta de sua casa, no Sul do México, onde vive há mais de 40 anos, para sorrir aos jornalistas. Na altura, recebeu presentes e deixou-se fotografar, mas não falou à imprensa.

Yo No Vengo a Decir Un Discurso, publicado em 2010, é o seu último livro, depois de uma pausa de seis anos, uma vez que já não publicava nenhuma obra desde 2004, quando lançou Memória das minhas Putas Tristes. Em 2012 foi anunciado que Gabriel García Márquez dificilmente voltará a escrever por lhe ter sido diagnosticada uma forma de demência.