Regulador brasileiro levanta suspensão à oferta de acções da Oi

Declarações de Zeinal Bava à imprensa sobre méritos da fusão PT/Oi tinham motivado decisão do regulador.

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PÚBLICO

A suspensão da oferta, por 30 dias, foi imposta depois de o presidente da Oi, Zeinal Bava, ter feito declarações sobre as vantagens da fusão com a PT que a CVM considerou violar as regras das ofertas públicas por poderem influenciar os investidores na sua tomada de decisão.

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A suspensão da oferta, por 30 dias, foi imposta depois de o presidente da Oi, Zeinal Bava, ter feito declarações sobre as vantagens da fusão com a PT que a CVM considerou violar as regras das ofertas públicas por poderem influenciar os investidores na sua tomada de decisão.

Porém, segundo a Lusa, num comunicado divulgado na terça-feira à noite, o regulador brasileiro levantou a suspensão e justificou a decisão com as medidas correctivas adoptadas pela Oi e pelo Banco BTG Pactual (que lidera a oferta), que considera terem atendido "à necessidade de saneamento da irregularidade” que a motivou.

Entre as medidas adoptadas pela Oi estão a publicação de uma comunicação ao mercado, na sexta-feira passada, no qual a empresa apela aos investidores e a outros interessados na oferta para não considerarem as declarações de Bava nas suas decisões de investimento, atendo apenas às informações incluídas no prospecto da operação.

Na semana passada, em vésperas da realização das assembleias-gerais de accionistas em Lisboa e no Rio de Janeiro destinadas a aprovar o aumento de capital da Oi, indispensável para prosseguir com a fusão entre as duas empresas, Zeinal Bava destacou "as vantagens muito importantes" do negócio.

O presidente da Oi, que falava na cerimónia de assinatura de um contrato de parceria com a TV Globo, garantiu que a nova PT/Oi será uma empresa “mais capitalizada e com menor risco financeiro” e uma estrutura accionista mais simples.