Regulador brasileiro suspende oferta pública de acções da Oi

Declarações de Zeinal Bava à imprensa ditaram a suspensão.

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Zeinal Bava, presidente executivo da PT Portugal e da Oi Enric Vives-Rubio

O regulador de mercado brasileiro suspendeu durante 30 dias a oferta pública de acções da Oi, um dos passos para a fusão da operadora brasileira com a Portugal Telecom, devido a declarações do presidente executivo da PT Portugal e da Oi, Zeinal Bava, à imprensa brasileira.

A decisão do regulador brasileiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), comunicada nesta sexta-feira à CMVM, foi conhecida na quinta-feira. "A CVM informou que tal decisão deveu-se à publicação de matérias jornalísticas publicadas na data de ontem [26 de Março] nos websites Exame.com, R7 Notícias e Estadão.com.br", adianta o comunicado da Oi.

O presidente da Oi, Zeinal Bava, afirmou à imprensa, citado pelo jornal Estado de São Paulo, que a fusão da empresa com a Portugal Telecom traria "vantagens muito importantes", entre as quais a mudança da companhia para um seguimento de maior transparência da Bolsa de Valores de São Paulo, chamado Novo Mercado, e a simplificação da estrutura de capital, a mudança da governança da empresa e a capitalização da companhia.

A Oi acrescenta que pretende prestar esclarecimentos à CVM com a maior "brevidade possível" e "sanear qualquer eventual irregularidade" para retomar a oferta pública de acções e garante "que tomará todas as medidas necessárias para inibir a ocorrência de factos semelhantes no futuro".

O comunicado, assinado pelo director de finanças e relações com investidores, Bayard De Paoli Gontijo, salienta ainda que os investidores e o mercado em geral "não devem considerar as afirmações contidas nas reportagens" saídas na comunicação social para decidirem sobre o investimento na oferta.

A Portugal Telecom (PT) e a Oi deram, na quinta-feira, um dos últimos passos para a fusão entre as duas empresas com os accionistas a aprovarem o aumento de capital com 99% dos votos.

A fusão entre a PT e a Oi deveria estar concluída entre Abril e Maio, altura em que decorrerão novas assembleias-gerais de accionistas para a ratificação da operação.

A fusão dará lugar àquela que será a maior operadora lusófona de telecomunicações e uma das 20 maiores do mundo.

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