Três mil manuscritos da Biblioteca Apostólica do Vaticano vão ser digitalizados e publicados online

Projecto irá decorrer nos próximos quatro anos e deverá ser alargado a 79.000 outras obras.

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A Biblioteca do Vaticano data do século XIV. Antes desse período já existiam indícios de um trabalho de recolha e guarda de documentos relativos à Igreja Católica, mas também obras relacionadas com a ciência, matemática ou medicina. Desde então e até aos dias de hoje, a biblioteca reuniu mais de 180 mil manuscritos, 1,6 milhões de livros impressos, mais de 8600 incunábulos (obras impressas antes do século XVI), acima de 300 mil moedas e medalhas, 150 mil desenhos e gravuras e outros 150 mil exemplares de fotografia.

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A Biblioteca do Vaticano data do século XIV. Antes desse período já existiam indícios de um trabalho de recolha e guarda de documentos relativos à Igreja Católica, mas também obras relacionadas com a ciência, matemática ou medicina. Desde então e até aos dias de hoje, a biblioteca reuniu mais de 180 mil manuscritos, 1,6 milhões de livros impressos, mais de 8600 incunábulos (obras impressas antes do século XVI), acima de 300 mil moedas e medalhas, 150 mil desenhos e gravuras e outros 150 mil exemplares de fotografia.

Segundo um acordo firmado na quinta-feira entre o Vaticano e a empresa japonesa NTT Data, três mil dos manuscritos existentes vão ser digitalizados numa primeira fase para depois serem publicados no site da biblioteca em imagens de alta definição e ser criado um arquivo digital.

Actualmente, a biblioteca já tem disponíveis no seu site várias centenas de manuscritos e incunábulos digitalizados, mas este será o maior passo dado no projecto de digitalização.

A NTT Data, uma empresa de tecnologia com experiência em arquivo digital, vai digitalizar, arquivar e criar medidas especiais para formatos de armazenamento digital e sistemas de segurança dos 3000 documentos iniciais online, num total de 1,5 milhões de páginas. Este trabalho vai ser feito com a colaboração de bibliotecários do Vaticano.

“Os manuscritos que serão digitalizados são da América pré-colombiana, China, Japão e Extremo Oriente, passando por todas as línguas e culturas que marcaram a cultura da Europa”, explicou na conferência de imprensa de apresentação do projecto o monsenhor Jean-Louis Brugues, arquivista e bibliotecário da Igreja Católica.

Com este projecto, o Vaticano espera "cultivar ainda mais a missão de preservar estes tesouros da humanidade e torná-los mais disponíveis e conhecidos num profundo espírito de universalidade, incluindo a universalidade do conhecimento e a universalidade de colaboração e parceria com instituições e empresas em todo o mundo", como acrescentou, por sua vez, o monsenhor Cesare Pasini, prefeito da Biblioteca Apostólica do Vaticano.