A bela segunda mão

Não há nada como mergulhar num alfarrabista durante duas horas ou três.

Felizmente ainda há alfarrabistas que cobram 2 euros por cada livro, seja ele paperback ou de capa dura. Manuseia-se cada livro como se estivéssemos numa biblioteca: abre-se e lê-se um bocado e depois outro, para decidir se vale a pena.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Felizmente ainda há alfarrabistas que cobram 2 euros por cada livro, seja ele paperback ou de capa dura. Manuseia-se cada livro como se estivéssemos numa biblioteca: abre-se e lê-se um bocado e depois outro, para decidir se vale a pena.

Durante este mês de Março, em duas idas, comprei mais de vinte livros por pouco mais do que quarenta euros. Tenho-os aqui ao lado. É um prazer arrolar uma ínfima parte deles:

The Traveller's Tree, de Patrick Leigh Fermor; Tell Me a Story, uma antologia do actor Charles Laughton; The Complete Winetaster and Cellarman do glorioso Michael Broadbent; Os deliciosos Canterbury Tales de Chaucer, na versão Penguin de Nevill Coghill; A Cornish Childhood e The Little Land of Cornwall de A.L.Rowse; The Danakil Diary de Wilfred Thesiger; The Groucho Letters de Groucho Marx e o indispensável Jane's Dictionary of Naval Terms.

Não há nada como mergulhar num alfarrabista durante duas horas ou três e emergir com entre trinta e quarenta livros escolhidos com a forretice e a paixão da própria alma.