Obras dos portugueses Miguel Januário e Vhils em exposição itinerante no Brasil

"Street Art - Um Panorama Urbano" conta igualmente com obras de Banksy, dos franceses Jef Aerosol e Rero, do brasileiro Nunca e da dupla italiana Sten Lex.

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Vhils já esteve em Abril no Brasil e inscreveu o seu trabalho em vários pontos da cidade NELSON GARRIDO

"Street Art - Um Panorama Urbano", com curadoria da portuguesa Leonor Viegas, conta com obras dos dois portugueses, mas também do britânico Banksy, dos franceses Jef Aerosol e Rero, do brasileiro Nunca e da dupla italiana Sten Lex.

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"Street Art - Um Panorama Urbano", com curadoria da portuguesa Leonor Viegas, conta com obras dos dois portugueses, mas também do britânico Banksy, dos franceses Jef Aerosol e Rero, do brasileiro Nunca e da dupla italiana Sten Lex.

Miguel Januário adiantou, em declarações à Lusa, que esta é "uma exposição itinerante, que começa em São Paulo, depois, a meio do ano, passa para o Rio de Janeiro, e no final do ano vai para Brasília".

De acordo com o artista, esta é uma mostra "que vai alargando, vai convidando mais artistas e mais obras".

Alexandre Farto, conhecido por esculpir rostos em paredes, esteve em Abril no Brasil, onde deixou trabalhos em diversos pontos do Rio de Janeiro, incluindo uma favela em processo de reestruturação urbana, no bairro de Copacabana.

As intervenções ocorreram na sequência da obra realizada em Outubro de 2012 no morro da Providência, outra favela carioca.

Também Miguel Januário vai deslocar-se ao Brasil e "intervir na cidade" quando a exposição "Street Art -- Um Panorama Urbano" estiver patente no Rio de Janeiro. Para já foram apenas as suas obras.

"Tudo trabalhos novos, dedicados ao panorama Brasil, todos feitos especificamente para esta exposição", explicou.

Miguel Januário, com o projeto maismenos, 'matou o rei' em Guimarães, pintou em paredes do Porto frases de pernas para o ar e 'disse ámen' em Lisboa, em nome do Espírito Santo, da Sonae e do Amorim.´

Para ele, esta oportunidade é "excelente": "Estou num país que fala a mesma língua, o que para o meu trabalho é muito importante, porque me dá muito mais espaço de manobra. A língua para o meu projecto vai ser sempre um desafio que vou ter que saber contornar e ali é mais fácil", referiu.

Além disso, esta "é uma época interessante no Brasil, [com] a copa do mundo, toda a movimentação social que está a existir à volta disso".

"Vai ser, assim, ir ao sítio ideal, na altura ideal", disse.

"Street Art - Um Panorama Urbano" está patente até 20 de abril na CAIXA Cultural São Paulo.