Bloco anuncia Marisa Matias como cabeça de lista às Europeias

Nem saída limpa nem programa cautelar, o país só se liberta da austeridade e do “garrote” da dívida se renegociar a dívida.

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Marisa Matias Miguel Madeira

Marisa Matias tem a “energia”, a “capacidade de fazer pontes” e reúne todo o “património de luta do BE” e é, por isso, a melhor escolha para esta eleição, justificou Catarina Martins.

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Marisa Matias tem a “energia”, a “capacidade de fazer pontes” e reúne todo o “património de luta do BE” e é, por isso, a melhor escolha para esta eleição, justificou Catarina Martins.

Nesta conferência nacional, a segunda que o Bloco realiza em 14 anos e que decorre a cerca de nove meses da próxima convenção do partido (ou congresso), os bloquistas preparam-se para discutir durante dois dias aspectos de organização do partido, respostas para a intervenção autárquica e o manifesto que apresentarão às europeias.

Catarina Martins abriu a ordem de trabalhos deixando algumas palavras para dentro do partido. Sublinhou que nos últimos dois meses o Bloco de Esquerda tem feito um intenso trabalho de debate interno sobre a capacidade de organização do partido. Para esse esforço colectivo, disse, o Bloco tem chamado vários independentes. As três moções sobre organização e as cinco sobre eleições europeias que estarão à discussão este fim-de-semana são, para Catarina Martins, “a prova da pluralidade do BE”.

A líder bloquista deixou depois críticas ao Governo, afirmando que “não há saídas limpas” do programa da troika nem um qualquer programa cautelar que possa resolver os problemas do país. Portugal precisa de renegociar a dívida, defendeu, para se libertar da austeridade e do “garrote” da dívida. “Não estamos sequer como em 2011, sabemos que estamos pior”, justificou.