Presidenciais em El Salvador só se decidem na segunda volta

Primeiro ex-comandante da guerrilha a poder ser Presidente está à beira de ser eleito.

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Céren celebrou a vitória na primeira volta com os seus apoiantes Henry Romero/Reuters

Os resultados anunciados pelo Supremo Tribunal Eleitoral quando já estavam mais de 80% dos votos contados mostram que Cerén obteve 48,9% contra 38,9% do principal adversário – Norman Quijano, presidente da câmara de San Salvador, membro da Aliança Republicana Nacionalista (Arena).

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Os resultados anunciados pelo Supremo Tribunal Eleitoral quando já estavam mais de 80% dos votos contados mostram que Cerén obteve 48,9% contra 38,9% do principal adversário – Norman Quijano, presidente da câmara de San Salvador, membro da Aliança Republicana Nacionalista (Arena).

"Vocês escreveram uma nova página na história da democracia de El Salvador", afirmou Cerén após os resultados da primeira volta. "Pela primeira vez, um povo decidiu participar com tranquilidade e alegria. Estamos felizes porque nos deram vitória na primeira volta. Na segunda volta serão mais de 10 pontos de diferença", acrescentou.

Cerén disse que vai procurar alargar as suas alianças políticas para a segunda volta, pretendendo tentar um acordo com Antonio Saca, o terceiro classificado, com pouco mais de 11% dos votos. Saca é ex-presidente e ex-membro da Arena, que abandonou quando deixou a presidência, em 2009. Não é claro quem decidirá apoiar. “Vamos continuar a ampliar as nossas alianças, vamos atrás dos que não se decidiram antes unir-se a nós ", disse Cerén.

O conservador Quijano, de 67 anos, dentista pouco carismático que teve o apoio do mundo empresarial, recusa desistir. “Vamos para uma batalha na segunda volta”, prometei, citado pela Reuters.

A FMLN é o partido que sucedeu ao grupo de guerrilha com o mesmo nome e que venceu a guerra civil. O país já era governado por Mauricio Funes, da FMLN, mas Cerén, que foi comandante da guerrilha, pode ser o primeiro ex-oficial a chegar ao poder.