NSA acedeu a 194 milhões de SMS por dia em todo o mundo

Agência dos EUA conseguiu extrair dados como a localização, informação bancária e contactos.

Foto
SMS foram classificados como uma "mina de ouro" José Fernandes/arquivo

Entre as mensagens recolhidas estavam SMS automáticos, como alertas de chamadas perdidas, confirmações de transacções financeiras e alertas sobre serviços de roaming. A recolha foi feita de forma massiva, sem alvos definidos, o que inclui pessoas que não estavam sob suspeita de qualquer actividade ilegal.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Entre as mensagens recolhidas estavam SMS automáticos, como alertas de chamadas perdidas, confirmações de transacções financeiras e alertas sobre serviços de roaming. A recolha foi feita de forma massiva, sem alvos definidos, o que inclui pessoas que não estavam sob suspeita de qualquer actividade ilegal.

A informação permitiu à NSA perceber redes de contactos entre pessoas, a sua localização (por exemplo, através da análise de mensagens que agendavam reuniões), o momento em que estas atravessavam fronteiras ou mudavam de cartão de telemóvel, e ainda aceder a detalhes de cartões bancários.

Um slide de uma apresentação da NSA de Junho de 2011, publicado por aquele jornal, classifica os SMS como “uma mina de ouro para explorar”.

Os documentos a que o Guardian teve acesso indicam que a informação sobre cidadãos dos EUA foi, pelo menos parcialmente, removida das bases de dados da agência, que enfrenta mais entraves legais à espionagem de cidadãos daquele país. A informação sobre pessoas de outros países foi mantida.

Ao jornal, e como já fez anteriormente, a agência negou que leve a cabo programas de vigilância arbitrária e indiscriminada.