Viva a morte lenta

Lapham promete que a edição digital "permite-nos ver cada página tal qual aparece impressa". Sim, é verdade: mas cada página leva tempo a aparecer e, quando aparece, surge enquadrada por uma moldura que faz lembrar o grafismo estupidamente infantil dos anos 90. No entanto, o argumento principal cada vez convence mais: o que é bom é vermos, no nosso iPad ou sucedâneo, um fac-símile de uma edição graficamente concebida e paginada para ser impressa.

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Lapham promete que a edição digital "permite-nos ver cada página tal qual aparece impressa". Sim, é verdade: mas cada página leva tempo a aparecer e, quando aparece, surge enquadrada por uma moldura que faz lembrar o grafismo estupidamente infantil dos anos 90. No entanto, o argumento principal cada vez convence mais: o que é bom é vermos, no nosso iPad ou sucedâneo, um fac-símile de uma edição graficamente concebida e paginada para ser impressa.

O funeral de Nelson Mandela e a morte de Peter O'Toole levaram-me a revisitar o número mais recente do Lapham's Quarterly, dedicado (no verdadeiro sentido da palavra, a começar pelo sensato ensaio editorial, em que Lewis Lapham deseja a morte rápida e inesperada de que beneficiaram o avô paterno e o pai) à morte, com letra grande.

Peter O'Toole, que vi no Old Vic em 1989, a fazer de Jeffrey Bernard em Jeffrey Bernard is Unwell, de Keith Waterhouse, espantou-me por ter sido tão carismático como em Lawrence of Arabia (de David Lean, 1962), mas, ainda mais, em Lord Jim (de Richard Brooks, 1965).

Entretanto morreu.