Keep Razors Sharp, uma super banda discreta

A banda portuguesa que reúne membros de Sean Riley & The Slowriders, The Poppers, Capitão Fantasma e Riding Pânico é a convidada, sábado, das noites Teach Me Tiger, programadas por Legendary Tigerman, no Musicbox.

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I see your face, a primeira canção, foi divulgada esta semana DR

A génese dos Keep Razors Sharp surge como qualquer banda de garagem. Quatro miúdos com gostos semelhantes, tempo livre e vontade de tocar. A única diferença é que os anos de miúdo já lá vão. Mas por muitas que sejam as bandas por onde passaram, a razão para esta junção é simples: “Isto não surgiu pelas bandas que estão à volta, surgiu porque somos amigos”, confessa Rai, guitarrista e vocalista de Keep Razors Sharp.

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A génese dos Keep Razors Sharp surge como qualquer banda de garagem. Quatro miúdos com gostos semelhantes, tempo livre e vontade de tocar. A única diferença é que os anos de miúdo já lá vão. Mas por muitas que sejam as bandas por onde passaram, a razão para esta junção é simples: “Isto não surgiu pelas bandas que estão à volta, surgiu porque somos amigos”, confessa Rai, guitarrista e vocalista de Keep Razors Sharp.

A primeira e única canção que disponibilizaram, I See Your Face, foi a forma de a banda demonstrar como o todo é maior do que a soma das partes. “Nunca trouxemos nada de casa. Tudo o que era para sair deste projecto saiu de nós os quatro dentro de estúdio.”

O processo de composição foi feito dentro da sala de ensaio, de forma democrática, pelos quatro membros. Excepto as letras, que ficaram a cabo de Afonso e Rai. Assim sendo, os dois vocalistas da banda pegaram no carro e partiram para a Arrifana em busca de inspiração. “Fomos para a costa alentejana, alugámos uma casa, apanhámos umas ondas, bebemos umas cervejas e escrevemos uma porrada de letras.”

Quanto a um possível álbum, prevêem algo “num futuro não muito longínquo”. Prometem ainda divulgar também mais uma música online em Janeiro.

Porém, alegadamente desprovida de compromissos com qualquer género de rock, a sonoridade base da banda mantém-se ainda por descobrir. “Temos uma estrutura muito densa mas nada pensada”, explica Rai.

“A música que divulgámos é apenas uma das nossas faces. Temos coisas mais rápidas e barulhentas”, diz. “Metade das músicas que vamos tocar no Musicbox nunca as tocámos ao vivo.”

Independentemente das vivências em Coimbra ou em Leiria, para Afonso, tocar no Musicbox é como se estivesse a tocar em casa. “É um palco que já estava predestinado”, diz. “O Musicbox é o meu clube preferido em Lisboa.” É também o clube onde mensalmente passa som. Mas amanhã o DJ será outro. A convite de Paulo Furtado, será o gigante do rock norte-americano Jon Spencer a trocar discos. “Tocarmos na mesma noite de Jon Spencer é como se fosse um brinde”, diz o vocalista. “Acho que todos nós em alguma altura da nossa vida ouvimos Blue Explosion ou Heavy Trash.”

Já com Paulo Furtado, a história é diferente. Os membros dos Keep Razors Sharps não se limitam a ouvi-lo. De facto, todos os membros da banda partilham amizade com o anfitrião da noite. Das suas primeiras digressões, Afonso relembra a tournée que fez com Wraygunn em 2007. Na altura eram patrocinados por uma marca de uísque, "e tivémos de telefonar aos gajos porque acabámos numa semana com o stock que era para durar a digressão toda.” Um feito muito de acordo com a mitologia do rock'n'roll. Este sábado, no Musicbox, será altura de descobrir de que outros feitos, igualmente rock'n'roll, são capazes os Keep Razors Sharp.