PSD admite chamar Miguel Macedo ao Parlamento

Fernando Negrão lamentou invasão de escadaria da Assembleia por parte de elementos das forças de segurança. Também o PS quer esclarecimentos com urgência.

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Fernando Negrão Daniel Rocha

"Aconteceu um episódio lamentável em que manifestantes das forças de segurança invadiram um espaço que não estava previsto", afirmou aos jornalistas no Parlamento o deputado do PSD, que é também presidente da comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

Fernando Negrão recusou-se a comentar a demissão do director nacional da PSP, Paulo Valente Gomes, e remeteu a questão para o Governo, que tem essa competência. A demissão já foi aceite pelo ministro da Admnistração Interna, Miguel Macedo, na sequência dos acontecimentos de quinta-feira à noite.

Salientando que foi exercido um "direito à manifestação", o antigo director da Polícia Judiciária admitiu que "o limite foi ultrapassado" quando os manifestantes invadiram um espaço de um órgão de soberania. O deputado não se quis alongar em possíveis outras consequências da invasão, mas disse estar certo de que o Parlamento saberá tirar as suas conclusões. Questionado sobre se essa intervenção pode passar por ouvir o ministro, Fernando Negrão respondeu afirmativamente. "Admito que o ministro venha a ser chamado a dar esclarecimentos."

O porta-voz do PSD, Marco António Costa, também mostrou o seu desagrado pela invasão da escadaria do Parlamento. "Acima de tudo, aquilo que desejo é que não volte a acontecer uma situação desta natureza. Todos nós temos consciência de que existem organizações que têm o especial dever de exemplo na sua actuação. Aquilo que se passou ontem [quinta-feira] é desejável que não se volte a repetir", afirmou à Lusa e à Antena 1 Marco António Costa, no final de uma reunião com a CIP, na sede do partido, em Lisboa.

"A Assembleia da República é a casa da democracia, é um símbolo do povo português e aqueles que devem garantir a paz pública e a ordem pública devem ser os primeiros a garantir também que esses símbolos não devem ser tocados. Muitas vezes, invertem-se os papéis e são eles que estão a guardar a integridade desses símbolos", sustentou.

PS quer esclarecimentos com urgência
À semelhança do PSD, também o PS quer explicações. O grupo parlamentar do PS requereu nesta sexta-feira ao presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias a "audição, com carácter de urgência", de Miguel Macedo e do director nacional da PSP.

"Considerando a gravidade e excepcionalidade dos acontecimentos" e "o consequente pedido de demissão do director nacional da PSP", os deputados socialistas pretendem obter esclarecimentos sobre os incidentes de quinta-feira, na escadaria da Assembleia da República, lê-se no documento assinado pelos parlamentares Pita Ameixa e Marcos Perestrello.
 

Notícia actualizada: acrescenta-se a posição do PS
 

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"Aconteceu um episódio lamentável em que manifestantes das forças de segurança invadiram um espaço que não estava previsto", afirmou aos jornalistas no Parlamento o deputado do PSD, que é também presidente da comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

Fernando Negrão recusou-se a comentar a demissão do director nacional da PSP, Paulo Valente Gomes, e remeteu a questão para o Governo, que tem essa competência. A demissão já foi aceite pelo ministro da Admnistração Interna, Miguel Macedo, na sequência dos acontecimentos de quinta-feira à noite.

Salientando que foi exercido um "direito à manifestação", o antigo director da Polícia Judiciária admitiu que "o limite foi ultrapassado" quando os manifestantes invadiram um espaço de um órgão de soberania. O deputado não se quis alongar em possíveis outras consequências da invasão, mas disse estar certo de que o Parlamento saberá tirar as suas conclusões. Questionado sobre se essa intervenção pode passar por ouvir o ministro, Fernando Negrão respondeu afirmativamente. "Admito que o ministro venha a ser chamado a dar esclarecimentos."

O porta-voz do PSD, Marco António Costa, também mostrou o seu desagrado pela invasão da escadaria do Parlamento. "Acima de tudo, aquilo que desejo é que não volte a acontecer uma situação desta natureza. Todos nós temos consciência de que existem organizações que têm o especial dever de exemplo na sua actuação. Aquilo que se passou ontem [quinta-feira] é desejável que não se volte a repetir", afirmou à Lusa e à Antena 1 Marco António Costa, no final de uma reunião com a CIP, na sede do partido, em Lisboa.

"A Assembleia da República é a casa da democracia, é um símbolo do povo português e aqueles que devem garantir a paz pública e a ordem pública devem ser os primeiros a garantir também que esses símbolos não devem ser tocados. Muitas vezes, invertem-se os papéis e são eles que estão a guardar a integridade desses símbolos", sustentou.

PS quer esclarecimentos com urgência
À semelhança do PSD, também o PS quer explicações. O grupo parlamentar do PS requereu nesta sexta-feira ao presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias a "audição, com carácter de urgência", de Miguel Macedo e do director nacional da PSP.

"Considerando a gravidade e excepcionalidade dos acontecimentos" e "o consequente pedido de demissão do director nacional da PSP", os deputados socialistas pretendem obter esclarecimentos sobre os incidentes de quinta-feira, na escadaria da Assembleia da República, lê-se no documento assinado pelos parlamentares Pita Ameixa e Marcos Perestrello.
 

Notícia actualizada: acrescenta-se a posição do PS