Soares diz que Sócrates "é outro homem" depois de Paris

Ex-Presidente reconhece que aprendeu a fazer "boa política" na capital francesa.

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Histórico socialista está em Paris para ser homenageado Foto: Daniel Rocha

"Sou um grande amigo de Sócrates e penso que ele está a passar pelo mesmo porque depois de dois anos em Paris também é outro homem com uma cultura que não tinha antes", disse esta quarta-feira Mário Soares em Paris ao ser homenageado por aquela Câmara Municipal.

José Sócrates esteve presente , na Câmara Municipal de Paris, na homenagem prestada pelo presidente da Câmara da capital francesa ao ex-presidente da República Mário Soares, que recebeu a Medalha de Vermeil de Paris.

O ex-presidente da República considera que foi durante o seu exílio de quatro anos, em Paris, que aprendeu a fazer "boa política" e não sabe como seria a sua volta a Portugal, uma semana depois da Revolução dos cravos em 1974, se não fosse o que aprendeu na sua passagem pela Cidade Luz. Mário Soares acrescentou que o ex-primeiro ministro português aproveitou "com modéstia" o ensinamento francês.

José Sócrates saudou, por seu turno, o político com "alma de guerreiro", que considera ser "uma referência dos socialistas portugueses e alguém que compreendeu bem qual era o papel histórico que os socialistas deviam desempenhar a seguir à revolução portuguesa".

O ex-primeiro ministro considera que a homenagem a Mário Soares "num momento em que a esquerda está no poder [em França]" é "como uma homenagem a alguém que em determinado momento, nos anos setenta, deu o mote para uma esquerda europeia e fez daquilo que é a liberdade e a igualdade os seus ideais de governação".

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"Sou um grande amigo de Sócrates e penso que ele está a passar pelo mesmo porque depois de dois anos em Paris também é outro homem com uma cultura que não tinha antes", disse esta quarta-feira Mário Soares em Paris ao ser homenageado por aquela Câmara Municipal.

José Sócrates esteve presente , na Câmara Municipal de Paris, na homenagem prestada pelo presidente da Câmara da capital francesa ao ex-presidente da República Mário Soares, que recebeu a Medalha de Vermeil de Paris.

O ex-presidente da República considera que foi durante o seu exílio de quatro anos, em Paris, que aprendeu a fazer "boa política" e não sabe como seria a sua volta a Portugal, uma semana depois da Revolução dos cravos em 1974, se não fosse o que aprendeu na sua passagem pela Cidade Luz. Mário Soares acrescentou que o ex-primeiro ministro português aproveitou "com modéstia" o ensinamento francês.

José Sócrates saudou, por seu turno, o político com "alma de guerreiro", que considera ser "uma referência dos socialistas portugueses e alguém que compreendeu bem qual era o papel histórico que os socialistas deviam desempenhar a seguir à revolução portuguesa".

O ex-primeiro ministro considera que a homenagem a Mário Soares "num momento em que a esquerda está no poder [em França]" é "como uma homenagem a alguém que em determinado momento, nos anos setenta, deu o mote para uma esquerda europeia e fez daquilo que é a liberdade e a igualdade os seus ideais de governação".

Sócrates acrescentou que a Europa está a "viver momentos excecionais" em que "tem que fazer escolhas".

"O que estamos a viver é realmente um momento que nunca pensámos que podíamos viver, em que a Europa está a acentuar o fosso entre o norte e o sul, em que se quebrou um consenso entre a esquerda e a direita à volta de um modelo europeu. E por isso são cada vez mais necessárias as vozes de todos os políticos, da esquerda e da direita, e em particular das vozes experientes como é o caso de Mário Soares", concluiu.