Portugueses investem 30 milhões por dia nos novos certificados do Tesouro

Governo previa captar 100 milhões até final do ano com produto de poupança e quase já atingiu esse objectivo.

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Moreira Rato quer que o Estado entre em 2015 com dois terços das necessidades de financiamento asseguradas Miguel Manso

De acordo com dados do IGCP, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, noticiados nesta quarta-feira pelo Jornal de Negócios, em apenas três dias o valor angariado chega perto dos 100 milhões de euros que o Governo estimava angariar até ao final do ano.

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De acordo com dados do IGCP, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, noticiados nesta quarta-feira pelo Jornal de Negócios, em apenas três dias o valor angariado chega perto dos 100 milhões de euros que o Governo estimava angariar até ao final do ano.

Ao terceiro dia útil do início da venda dos novos certificados foram aplicados 98,5 milhões de euros. Só no primeiro dia, os portugueses investiram 33,1 milhões de euros neste produto. No segundo, 26,6 milhões e, no terceiro, 38,8 milhões de euros. Em 2014, o Executivo espera emitir 1500 milhões de euros.

Este produto aumenta a concorrência com os tradicionais depósitos e mereceu críticas da banca, nomeadamente de Nuno Amado, presidente executivo do Millennium BCP, para quem o Estado deve ser regulador e não um interveniente activo no mercado.

Os certificados podem ser subscritos nas estações dos CTT aderentes ou através do site do IGCP. Garantem uma taxa de juro bruta de 5% a partir do 4.º e do 5.º ano, a que se pode juntar um prémio em função do crescimento do PIB. Sem este prémio, a taxa média líquida no final dos cinco anos é de 3%.