José Sócrates convidou Passos Coelho para o Governo

Anterior primeiro-ministro recusa responsabilidades sobre ajuda externa.

Foto
José Sócrates é acusado de ter conduzido Portugal à bancarrota Miguel Manso

Sobre a actual situação política, José Sócrates recorreu, por várias vezes, à comparação das atitudes de oposição do PSD, com Passos Coelho, e do PS, com António José Seguro. “Este Governo tem a felicidade de ter um partido da oposição que diz que tudo fará para evitar um segundo resgate”, disse.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Sobre a actual situação política, José Sócrates recorreu, por várias vezes, à comparação das atitudes de oposição do PSD, com Passos Coelho, e do PS, com António José Seguro. “Este Governo tem a felicidade de ter um partido da oposição que diz que tudo fará para evitar um segundo resgate”, disse.

O que, acentuou, contradiz a atitude de Passos na oposição. “Sempre me opus à ajuda externa e convivi com uma direita que só queria ajuda externa, pelo que não aceito a responsabilidade da ajuda externa, a ajuda externa deve-se à direita”, acentuou o antigo primeiro-ministro e ex-dirigente do PS. Neste aspecto, assinalou que o memorando de entendimento assinado pelo PS/PSD e CDS não tinha “as medidas mais gravosas que se tomaram”, enumerando os cortes nos subsídios e pensões ou o aumento do IVA na electricidade.

Quanto ao debate sobre a validade da Constituição da República, Sócrates considerou-o errado. “Todos os que acham que se deve transformar a Constituição num centro de disputa política estão a cometer um erro”, afirmou.

Sobre o desempenho do PS liderado por Seguro, José Sócrates disse esperar “uma oposição frontal” às tentativas de alterar o texto constitucional. Do mesmo modo, não anteviu colaboração dos socialistas com a actual maioria sem uma prévia ida às urnas. “Não estou a ver o PS a assinar de cruz, como é que o PS pode aceitar este orçamento, cortar pensões já atribuídas?”, questionou.

No caso de um segundo resgate, o antigo primeiro-ministro admitiu que a posição dos socialistas “passará, certamente, por eleições”.