Relações com Angola “devem ser acarinhadas pelo Estado português”, diz Marques Guedes

Ministro da Presidência realça que qualquer problema “terá sempre que ter tratamento prioritário e adequado”.

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O estado das relações entre Portugal e Angola não passou pela reunião de hoje do Conselho de Ministros Daniel Rocha

Luís Marques Guedes, que falava aos jornalistas no final da reunião do Conselho de Ministros, reiterou que as “relações entre o Estado português e o Estado angolano são relações privilegiadíssimas e devem [ser] e são muito acarinhadas pelo Estado português”.

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Luís Marques Guedes, que falava aos jornalistas no final da reunião do Conselho de Ministros, reiterou que as “relações entre o Estado português e o Estado angolano são relações privilegiadíssimas e devem [ser] e são muito acarinhadas pelo Estado português”.

A polémica que nasceu com as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, a uma rádio angolana e que evoluiu até à declaração do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, sobre uma aparente ameaça de quebra da parceria estratégica luso-angolana, não foi discutida na reunião dos ministros, afirmou Luís Marques Guedes, justificando que nem o chefe do Governo, Pedro Passos Coelho, nem o ministro dos Negócios Estrangeiros estão no país. Ambos encontram-se na América Latina, para a Cimeira Ibero-Americana.

O ministro realçou que, “seguramente, qualquer problema que surja nessas relações terá sempre que ter um tratamento prioritário e adequado no sentido de preservar os laços especiais que existem entre Portugal e Angola”. “Como de resto entre todos os países de língua oficial portuguesa”, fez questão de acrescentar logo em seguida Luís Marques Guedes.

Tendo em conta que o assunto já está ao mais alto nível dos Estados, depois de ter sido alvo de comentário público por parte do Presidente angolano, entende-se, em termos diplomáticos, que cabe agora a Cavaco Silva intervir para tentar apaziguar a crise.