Protesto por uma educação inclusiva frente ao ministério

Cerca de uma centena de pessoas de vários pontos do país estão nesta quarta-feira em Lisboa.

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Enric Vives-Rubio

São professores e pais, cujos cartazes revelam que vieram de vários pontos do país, que pedem uma “educação inclusiva”. “Sem educação não há inclusão” ou "basta de nos tratarem mal", dizem alguns cartazes.

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São professores e pais, cujos cartazes revelam que vieram de vários pontos do país, que pedem uma “educação inclusiva”. “Sem educação não há inclusão” ou "basta de nos tratarem mal", dizem alguns cartazes.

A acção visa dar a conhecer à opinião pública os “graves atropelos aos direitos dos alunos com NEE” que, asseguram, “se estão a verificar de forma muito particular neste início de ano lectivo”.

As associações garantem mesmo existirem crianças a quem tem sido negado o acesso aos estabelecimentos de ensino.

Os manifestantes prometem ficar frente ao ministério até às 20h desta quarta-feira, e querem ser recebidos pelo ministro da Educação, Nuno Crato, para que seja iniciado um processo de diálogo.

Recorde-se que há escolas que continuam sem professores de educação especial e a maioria dos alunos já tem aulas mas “sem o apoio necessário”, queixam-se os dirigentes escolares que continuam a tentar contratar docentes. Embora as aulas tenham começado na semana de 16 de Setembro, no dia 23 tinham sido colocados 442 professores de educação especial, estando ainda 3560 docentes à procura de escola, segundo a lista de recrutamento divulgada esta quarta-feira e citada pela Lusa.

Três semanas após o arranque do ano lectivo, o trabalho de selecção dos professores ainda parece estar longe de terminar em várias escolas do país. Encarregados de educação e docentes têm-se manifestado contra a situação que obriga alguns estudantes a ficar em casa.