Turismo de cruzeiros põe Veneza em risco

A entrada da cidade na lista de alertas do WMF ficou a dever-se expressamente à ameaça dos grandes barcos que, na época alta, descarregam em Veneza 20 mil pessoas por dia.

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Classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, a capital da antiga Sereníssima República de Veneza é um dos 67 sítios que o WMF adicionou este ano à lista de locais em risco. Um inventário que inclui, também em Itália, o centro histórico de Áquila, devastado por um tremor de terra em 2009, ou ainda património ameaçado por conflitos armados, por exemplo na Síria ou no Mali.

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Classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, a capital da antiga Sereníssima República de Veneza é um dos 67 sítios que o WMF adicionou este ano à lista de locais em risco. Um inventário que inclui, também em Itália, o centro histórico de Áquila, devastado por um tremor de terra em 2009, ou ainda património ameaçado por conflitos armados, por exemplo na Síria ou no Mali.

O exército que ameaça Veneza dispensa as metralhadoras e avança armado apenas com máquinas fotográficas, mas está claramente a ganhar a guerra contra os habitantes locais. Enquanto o turismo cresceu 400 por cento em cinco anos – na estação alta, os navios de cruzeiro descarregam diariamente na cidade cerca de 20 mil turistas –, Veneza perdeu, só numa década, metade dos seus moradores.

A sua entrada na lista de alertas do WMF – que promove acções de sensibilização e fornece apoio técnico de diversa natureza – ficou a dever-se expressamente à ameaça do “turismo de cruzeiros”.