Porta-voz do PSD acusa PS de “ter passado das marcas”

Caso BPN volta à campanha autárquica.

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Marco António Costa, sem frisar nomes ou situações, demonstrou o descontentamento pela forma como o líder do PS, António José Seguro, se referiu ao governo durante o comício de apoio à candidatura de Manuel Pizarro realizado no Porto no sábado à noite.

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Marco António Costa, sem frisar nomes ou situações, demonstrou o descontentamento pela forma como o líder do PS, António José Seguro, se referiu ao governo durante o comício de apoio à candidatura de Manuel Pizarro realizado no Porto no sábado à noite.

Na altura, o secretário-geral do PS afirmou que ficará demonstrada a matriz do actual Governo caso se confirme que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, mentiu sobre as suas relações com a Sociedade Lusa de Negócios (SLN).
Declarações que, para Marco António Costa, “ultrapassaram de forma muito clara” a postura cordata que deveria existir, mesmo numa altura de combate político.

“Ser partido da oposição é uma responsabilidade política na nossa democracia. É assim em todas as democracias europeias, independentemente das divergências que nos afastam do ponto de vista do debate político. É por isso que deixo ao apelo ao maior partido da oposição para que evite a linguagem, as afirmações e posturas que assumiu ontem (sábado) relativamente ao governo de Portugal”, sustentou.

Para o porta-voz do PSD, é “desejável” que a oposição seja capaz de “garantir o mínimo de cordialidade”, lembrando ter sido responsável por em Maio de 2011 ter “atirado o país ao chão” por culpa de um “conjunto de erros governativos e opções erradas”.

“A nossa tarefa com os portugueses não se esgota nas eleições autárquicas. Temos de garantir que no dia 30 tenhamos todas as condições políticas para continuar a trabalhar por Portugal. E é por isso que ainda ontem o primeiro-ministro dizia que não pode ser só o PSD e o governo a lutar pelos interesses de Portugal. O governo não pode estar isolado nesta luta que tem travado em defesa dos interesses nacionais”, disse.

Marco António Costa exortou ainda o PS a deixar de lado a postura de “alienação, sublinhando ser sua obrigação o “diálogo com o Governo de Portugal”.

“Nenhum português compreende se o maior partido de oposição se recusa a dialogar com o governo legítimo de Portugal, escolhido pelos portugueses, mas que aceite conversar com funcionários técnicos de representantes estrangeiros que estão a visitar e avaliar o nosso país. Isto é uma prova de que se está a passar algo de errado relativamente ao comportamento institucional do PS”, concluiu o porta-voz do PSD.

Notícia substituída às 19h08. Trocada notícia da Lusa por notícia do PÚBLICO