CNE arquiva queixa do Bloco contra Menezes por pagamento de renda

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O candidato à Câmara do Porto diz que a acusação é "jogo rasteiro" de quem não consegue ganhar no terreno e prefere a secretaria. Nelson Garrido

Na sequência da notícia avançada no dia 23 de Agosto pelo PÚBLICO, intitulada "Luís Filipe Menezes paga rendas a moradores de bairros pobres do Porto", o BE apresentou uma queixa à CNE, onde considerava que a actuação do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia é uma “flagrante violação” da “neutralidade e imparcialidade das entidades públicas”.

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Na sequência da notícia avançada no dia 23 de Agosto pelo PÚBLICO, intitulada "Luís Filipe Menezes paga rendas a moradores de bairros pobres do Porto", o BE apresentou uma queixa à CNE, onde considerava que a actuação do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia é uma “flagrante violação” da “neutralidade e imparcialidade das entidades públicas”.

Numa comunicação datada de sexta-feira, a CNE refere que “os factos apurados no presente processo não constituem indícios suficientes da violação dos deveres de neutralidade e imparcialidade por parte” de Menezes.

“No que respeita às declarações e aos actos realizados no âmbito da campanha eleitoral, os mesmos não configuram a prática de ilícitos eleitorais. Assim sendo, a CNE delibera o arquivamento do presente processo”, conclui.

Este sábado, durante uma visita ao Mercado do Bolhão, no Porto, Luís Filipe Menezes foi peremptório: “Podem-me criticar, podem-me dar caneladas, inventar coisas e depois ter que as engolir, como engoliram ontem com a Comissão Nacional de Eleições.”

“Eu já tinha ganho um combate – eu e os portuenses – que é o combate da liberdade dos portuenses escolherem o candidato que querem com essa saga artificial que quiseram construir nos tribunais”, recordou, referindo-se à questão da lei da limitação dos mandatos, recentemente resolvida com o acórdão do Tribunal Constitucional.

Na opinião do candidato social-democrata, depois da derrota nessa saga, “veio outro jogo, que é o jogo da canelada, jogo rasteiro, de faits divers para não discutir as grandes questões”.

“Mais uma vez, a decisão da CNE demonstra que quem quer ganhar na secretaria e quem quer ganhar com ‘faits divers’ e à canelada, não ganha. Quem ganha é quem o povo quer que ganhe”, enfatizou.

Além de Luís Filipe Menezes (PSD/MPT/PPM), concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Rui Moreira (independente), Pedro Carvalho (CDU), José Soeiro (BE), Nuno Cardoso (independente), José Carlos Santos (PCTP/MRPP) e José Manuel Costa Pereira (PTP).