Marques Mendes convencido de que Cavaco está à espera de segundo resgate

Social-democrata diz que novo apelo do PR à unidade partidária indica que vai haver segunda intervenção.

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Marques Mendes falou aos jornalistas no Funchal Pedro Cunha

No seu habitual comentário na SIC, o anterior presidente do PSD saudou a iniciativa de Cavaco Silva, mas manifestou-se incrédulo que ela resulte. Até porque, afirmou, em Julho, quando da primeira tentativa havia melhores condições, o acordo não foi conseguido. Seguro, acrescentou Mendes,  “está agora mais condicionado” pelo regresso de Sócrates à actividade política. Aceitar um acordo poderia sugerir que é um líder fraco.

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No seu habitual comentário na SIC, o anterior presidente do PSD saudou a iniciativa de Cavaco Silva, mas manifestou-se incrédulo que ela resulte. Até porque, afirmou, em Julho, quando da primeira tentativa havia melhores condições, o acordo não foi conseguido. Seguro, acrescentou Mendes,  “está agora mais condicionado” pelo regresso de Sócrates à actividade política. Aceitar um acordo poderia sugerir que é um líder fraco.

Por isso, diz que o facto de o presidente voltar a trazer o assunto para actualidade poderá significar que “no seu íntimo” acredita que Portugal terá mesmo necessidade de um segundo resgate financeiro. E acrescentou que, se tal acontecer, Cavaco Silva poderá sempre dizer que a culpa não foi dele.

As declarações de Passos Coelho na campanha eleitoral autárquica, quando diz que a situação está melhor mas ainda longe do ideal, significam que também o primeiro-ministro acredita que Portugal necessita mesmo de uma segunda intervenção - acredita Marques Mendes.

Para Mendes, há três condições essenciais para Portugal evitar o segundo resgate: cumprir rigorosamente a meta do défice; uma avaliação positiva da troika e não haver mais nenhum chumbo do Tribunal Constitucional em matérias relevantes.