Dennis Rodman jurou amizade "para a vida" a Kim Jong Un

O polémico antigo basquetebolista tinha dado a entender que queria ir libertar um cidadão norte-americano mas no regresso da Coreia do Norte reagiu com violência às perguntas dos jornalistas.

Fotogaleria

Ao longo do ano, na rede social Twitter, Rodman tinha vindo a dar sinais de que gostaria de voltar ao país para conseguir libertar o missionário norte-americano Kenneth Bae que foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Ao longo do ano, na rede social Twitter, Rodman tinha vindo a dar sinais de que gostaria de voltar ao país para conseguir libertar o missionário norte-americano Kenneth Bae que foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados.

Contudo, após aterrar na Coreia do Sul, quando foi questionado pelos jornalistas sobre o tema, o antigo rei dos ressaltos da NBA e um dos mais polémicos basquetebolistas de sempre (que é aliás conhecido como o “verme”) reagiu violentamente e disse vários palavrões. Pelo contrário, fez questão de mostrar várias fotografias suas ao lado de Kim Jong Un e de insistir nos elogios ao líder do país, independentemente do que os “outros” pensem.

em Fevereiro deste ano o antigo basquetebolista tinha estado de visita à Coreia do Norte numa das alturas mais tensas nas relações entre os dois países devido à realização de testes com armas nucleares por parte dos norte-coreanos. Na altura assistiu a um jogo ao lado de Kim Jong Un. Também andou a ver as vistas de Pyongyang, como mostra este vídeo da televisão norte-coreana.

Durante o jogo de basquetebol, com uma lata de Coca-Cola à frente, usou óculos escuros e um chapéu e sentou-se à esquerda de Kim, que é tido como um fanático de basquetebol e que terá fotografias com vários jogadores da NBA dos tempos em que estudava num colégio suíço. Conversaram directamente um com o outro, sem precisarem de tradutores, e, segundo testemunhas citadas na altura pela agência chinesa Xinhua, houve momentos de gargalhada. Segundo um porta-voz da delegação dos Globetrotters e da produtora de televisão VICE, Rodman disse a Kim que seria seu “amigo para toda a vida”.

O antigo jogador dos Detroit Pistons e dos Chicago Bulls foi a Pyongyang com alguns jogadores dos Globetrotters para filmar com a VICE um documentário para o canal HBO, mas o que ressaltou foi a sua relação com o polémico Kim Jong Un.

A viagem de Rodman causou algum desconforto às autoridades norte-americanas, que admitiram nada poder fazer para o impedir. “Não impedimos cidadãos norte-americanos de ir à Coreia do Norte. Nesta sua viagem privada para ensinar basquetebol a crianças, nós, simplesmente, não vamos tomar posição sobre o assunto”, declarou ainda em Fevereiro Patrick Ventrell, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.