Miyazaki não fará mais longas-metragens mas quer continuar a trabalhar

Foto
Hayao Miyazaki a sair da conferência de imprensa que deu em Tóquio REUTERS/Yuya Shino

A informação de que Miyazaki decidira retirar-se já fora dada em Veneza pelo director dos estúdios Ghibli, mas com a promessa de que o cineasta prestaria em breve mais esclarecimentos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A informação de que Miyazaki decidira retirar-se já fora dada em Veneza pelo director dos estúdios Ghibli, mas com a promessa de que o cineasta prestaria em breve mais esclarecimentos.

O autor de Kaze Tachinu cumpriu agora o prometido, tendo explicado, em conferência de imprensa, que pediu aos responsáveis do estúdio que produz os seus filmes, Ghibli, para o excluírem dos seus projectos futuros. Mas acrescentou que tenciona continuar a comparecer no estúdio diariamente, como até aqui.

“Fazer longas-metragens já não é o meu trabalho”, disse Miyazaki. Reconheceu que já várias vezes dissera o mesmo no passado, mas garantiu que “desta vez é verdade”. A decisão não o impede, contudo, de pretender “trabalhar livremente” durante mais dez anos. “O que quiser fazer, fá-lo-ei”, disse ainda o cineasta, que é considerado um dos grandes mestres da animação.

Miyazaki tem 72 anos e afirma que cada vez demora mais tempo a fazer um filme. “Levei cinco anos a fazer Kaze Tachinu, e poderia precisar de seis ou sete anos para fazer o próximo filme”, explicou, concluindo: “Os estúdios já não podem esperar por mim”.