Incêndio no Marão foi provocado por Porsche atirado para ravina

Polícia Judiciária acredita que o Cayenne foi furtado para ser utilizado numa acção ilícita, com a qual ainda não tinha sido relacionado

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Incêndio foi combatido por setenta bombeiros e chegou a ter três frentes activas Manuel Roberto/Arquivo

A Protecção Civil já havia adiantado à agência Lusa que a Polícia Judiciária estava a investigar o caso de um automóvel que havia sido encontrado queimado na serra do Marão, Amarante, no local onde, de madrugada, deflagrara o incêndio.
O comandante operacional distrital do Porto, Carlos Alves, disse à Lusa que fora encontrado um carro queimado na estrada que dá acesso à Senhora da Serra, em Ansiães.

Durante a manhã, os militares da GNR cortaram durante algum tempo o acesso ao local onde foi encontrada a viatura de alta cilindrada. A Políca Judiciária foi então chamada para averiguar se esta viatura tinha sido ou não o ponto de ignição do fogo.

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A Protecção Civil já havia adiantado à agência Lusa que a Polícia Judiciária estava a investigar o caso de um automóvel que havia sido encontrado queimado na serra do Marão, Amarante, no local onde, de madrugada, deflagrara o incêndio.
O comandante operacional distrital do Porto, Carlos Alves, disse à Lusa que fora encontrado um carro queimado na estrada que dá acesso à Senhora da Serra, em Ansiães.

Durante a manhã, os militares da GNR cortaram durante algum tempo o acesso ao local onde foi encontrada a viatura de alta cilindrada. A Políca Judiciária foi então chamada para averiguar se esta viatura tinha sido ou não o ponto de ignição do fogo.

Contactada pelo PÚBLICO, fonte da PJ confirmou que o Porsche Cayenne esteve mesmo na origem do incêndio. Aparentemente, a viatura terá sido furtada e utilizada em qualquer acção ilícita que os investigadores estavam a tentar determinar. As irregularidades do terreno travaram a viatura a meio da ravina. Admite-se que tenha sido o calor do escape ou do catalizador da viatura, eventualmente com o motor em funcionamento, a fazer com que a vegetação à volta começasse a arder.

O incêndio deflagrou às 2h10 e chegou a lavrar em três frentes. Carlos Alves referiu que o combate às chamas foi dificultado pelo terreno muito acidentado e que não permitia chegar às frentes no fogo.

No local estiveram cerca de sete dezenas de bombeiros que, durante a manhã, contaram com o apoio de um helicóptero. Segundo o comandante, o incêndio foi dado como dominado às 12h15.

A Polícia Judiciária também apurou que o automóvel foi utilizado para fazer “peões" na zona.