Maquinista falava ao telefone com a Renfe no momento do acidente

Houve uma travagem segundos antes do descarrilamento e o comboio saiu da via a 153 km/h.

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O acidente fez 79 mortos RAFA RIVAS/afp

Segundo os dados já extraídos das "caixas negras", o comboio seguia a 192 km/h antes do acidente – num troço em que deveria circular a 80 km/h – e acabou por descarrilar a 153 km/h.

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Segundo os dados já extraídos das "caixas negras", o comboio seguia a 192 km/h antes do acidente – num troço em que deveria circular a 80 km/h – e acabou por descarrilar a 153 km/h.

O registo em áudio revela que o maquinista Francisco José Garzón recebeu uma chamada telefónica de um funcionário da Renfe minutos antes do acidente. Segundo as informações avançadas pelos media espanhóis, a conversa foi mantida através do telefone da empresa e o interlocutor deu indicações ao maquinista sobre o caminho que este deveria seguir após a chegada a Ferrol. 

O ruído de fundo indica que Francisco José Garzón estava a consultar um documento em papel enquanto falava ao telefone com o seu colega.