Jardim chama “submarino” a Portas e critica PS, CDS e “vira-casacas” do PSD-Madeira

Líder madeirense atacou todos, disse que a região não concorda com as políticas de Passos e insistiu na autonomia fiscal.

“Portas disse que era irrevogável a sua decisão de sair do Governo”, lembrou Jardim. “Está lá como vice-primeiro-ministro. É um irrevogável muito esquisito”, criticou.

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“Portas disse que era irrevogável a sua decisão de sair do Governo”, lembrou Jardim. “Está lá como vice-primeiro-ministro. É um irrevogável muito esquisito”, criticou.

Sobre os centristas, Jardim diz que na Madeira estes “não têm ideologia, valores, princípios”, que fazem “terrorismo político” e enganam o eleitorado com promessas que não cumprem. Com os olhos postos nas eleições autárquicas de Setembro, o líder madeirense foi também duro para o que chamou de “vira-casacas” do PSD-Madeira, nomeando alguns autarcas, mas sem nunca falar do presidente do Funchal, Miguel Albuquerque. Este, impedido por Jardim de discursar como autarca anfitrião, visitou a meia centena de barraquinhas da feira e acusou o líder madeirense de, com esse gesto, “dividir e tentar amordaçar as pessoas”, o que é prejudicial para o próprio partido. também prometeu ser novamente candidato a líder do PSD-M.

As farpas seguiram também para o Governo de Pedro Passos Coelho. O líder madeirense disse que o PSD-M “não concorda com as políticas seguidas em Portugal”. O arquipélago “quer mais emprego, mais investimento e melhor situação em cada família”. Justificou a dívida da Madeira com a obra feita, acusou o PS de “roubar” a Madeira com as alterações à Lei das Finanças Regionais, e reivindicou autonomia fiscal para a região que não pode viver com os impostos “impingidos” por Lisboa.

Jardim disse ainda nunca ter acreditado num compromisso de salvação nacional como o Presidente da República pediu. “Eu cá disse sempre que não dava nada mas, lá, no continente, existem sempre umas almas que acreditam que os meninos vêm de Paris”, ironizou, criticando as propostas do PS. “Davam para uma segunda bancarrota a Portugal” depois “dos sacrifícios que os portugueses estão a fazer”. No seu estilo habitual, Jardim dançou e ainda cantou ABBA e José Cid em cima do palco.