Nove mortos em confrontos no Cairo na última noite
Apoiantes da Irmandade Muçulmana dizem ter sido atacados durante um protesto pacífico.
Os confrontos mais graves tiveram lugar já de madrugada, na Universidade do Cairo, onde centenas de apoiantes da Irmandade Muçulmana têm protestado desde o início do mês contra o afastamento e detenção de Morsi.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os confrontos mais graves tiveram lugar já de madrugada, na Universidade do Cairo, onde centenas de apoiantes da Irmandade Muçulmana têm protestado desde o início do mês contra o afastamento e detenção de Morsi.
Um responsável do Ministério da Saúde disse ao jornal estatal Al-Ahram que na Universidade do Cairo morreram seis pessoas e 33 ficaram feridas. Outras três pessoas morreram num protesto de maior dimensão, na segunda-feira à noite, junto a uma mesquita no subúrbio de Nasr City.
A Irmandade Muçulmana apresentou na manhã desta terça-feira um balanço diferente, elevando para sete o número de mortos durante a madrugada, o que elevaria para dez o número total de vítimas mortais nas últimas horas.
"Os líderes do golpe militar continuam a aterrorizar os protestos pacíficos no Egipto", lê-se num comunicado do Partido Justiça e Liberdade, da Irmandade Muçulmana, citado pela agência Reuters.
Os apoiantes de Mohamed Morsi garantem que vão continuar a protestar até que o Presidente seja recolocado no poder.
Segundo a Reuters, um grupo de pessoas que reside na área do principal protesto da Irmandade Muçulmana, no subúrbio de Nasr City, pediu ao Ministério Público que obrigue os manifestantes a saírem do local. Uma fonte das autoridades de segurança, citada pela mesma agência noticiosa, avança que esse pedido oficial poderá ser aproveitado para "dar ao exército uma base legal para acabar com os protestos".