Taxas de juro descem no dia a seguir a decisão de Cavaco

Juros da dívida já a níveis próximos dos registados antes da crise política.

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O movimento considera que os políticos "exerceram os seus poderes e funções numa completa adulteração" Enric Vives-Rubio

As taxas de juro da dívida pública portuguesa acentuaram esta segunda-feira a tendência de descida que já se vinha registando no final da semana passada no primeiro dia de funcionamento dos mercados após o anúncio de desacordo entre PSD, PS e CDS-PP e a decisão de Cavaco Silva anunciada no domingo.

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As taxas de juro da dívida pública portuguesa acentuaram esta segunda-feira a tendência de descida que já se vinha registando no final da semana passada no primeiro dia de funcionamento dos mercados após o anúncio de desacordo entre PSD, PS e CDS-PP e a decisão de Cavaco Silva anunciada no domingo.

De acordo com os dados da agência Reuters, os juros dos títulos de dívida portugueses a 10 anos estavam às 12h desta segunda-feira nos 6,337%, uma descida face aos 6,836% com que se iniciou o dia. Nos títulos a cinco anos, as taxas passaram de 6,550% para 5,873% e nos títulos a 2 anos de 5,754% para 5,115%.

As taxas de juro da dívida portuguesa tinham registado subidas acentuadas em três momentos nas últimas duas semanas: aquando da demissão de Vítor Gaspar, a 1 de Julho, da demissão não consumada de Paulo Portas logo a seguir e do pedido de um acordo entre os partidos por parte de Cavaco Silva alguns dias depois. A determinada altura, as taxas de juro a 10 anos estiveram próximas dos 8%. Agora, com a situação política a ficar semelhante ao que acontecia antes destes eventos (sem Vítor Gaspar nas Finanças), as taxas de juro estão já próximas do nível em que se encontravam no início deste mês.