Draghi: Portugal "está em mãos seguras" com Maria Luís Albuquerque

Presidente do BCE elogia Gaspar e diz-se reconfortado com a sua sucessora.

Foto
Mario Draghi pode ter mais motivos para optimismo DANIEL ROLAND/AFP

Questionado esta quinta-feira em Frankfurt, na conferência de imprensa mensal do BCE, sobre a situação em Portugal, Mario Draghi começou por dizer que Portugal "tem percorrido um caminho doloroso, mas tem conseguido excelentes resultados". Para o presidente do BCE, "o mérito tem de ser dado ao Governo português e, especialmente, ao ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar".

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Questionado esta quinta-feira em Frankfurt, na conferência de imprensa mensal do BCE, sobre a situação em Portugal, Mario Draghi começou por dizer que Portugal "tem percorrido um caminho doloroso, mas tem conseguido excelentes resultados". Para o presidente do BCE, "o mérito tem de ser dado ao Governo português e, especialmente, ao ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar".

No entanto, de imediato, o presidente do BCE fez questão de mostrar a sua confiança na sucessora de Gaspar no Ministério das Finanças. "Também estamos reconfortados com a nova ministra. Ela tem estado presente nas reuniões do Eurogrupo [em que o BCE também participa] e conhecemos as suas características. Aqui, Portugal está em mãos seguras", disse, escusando-se a fazer comentários em relação à crise política que se seguiu à nomeação de Maria Luís Albuquerque.

Perante a pergunta sobre se o BCE estava disposto a apoiar Portugal com o seu novo programa de compra de obrigações (OMT), Mario Draghi limitou-se a dizer que as condições para acesso a esse programa são conhecidas. Um país precisa de garantir primeiro um acesso completo aos mercados de dívida pública para que o banco central inicie depois, no mercado secundário, compras de títulos.