Brasileiros voltam às ruas apesar das promessas de Dilma

Embora numa escala bem menor, houve novas manifestações, algumas marcadas por confrontos.

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Em Belo Horizonte, protestos perto do estádio do Mineirão degeneraram em violência Reuters

Em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, cerca de 100 mil pessoas, segundo contas da Polícia Militar, protestaram perto do estádio do Mineirão, onde no sábado decorreu mais um jogo da Copa das Confederações, Japão e México.

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Em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, cerca de 100 mil pessoas, segundo contas da Polícia Militar, protestaram perto do estádio do Mineirão, onde no sábado decorreu mais um jogo da Copa das Confederações, Japão e México.

Houve confrontos, com manifestantes a lançarem pedras e a polícia a tentar contê-los com gás lacrimogénio.

Também em Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo houve manifestações. No Rio, 30 pessoas foram detidas, depois de saquearem lojas. Em Salvador registaram-se alguns confrontos.

Já em São Paulo, milhares de pessoas voltaram à Avenida Paulista – o epicentro das manifestações populares na cidade – para protestar sobretudo contra a PEC 37, uma proposta de emenda constitucional que retira do Ministério Público a competência para investigar crimes. Não houve confrontos. A rejeição da PEC 37 é uma das inúmeras bandeiras que foram levantadas logo no início dos protestos a par do aumento dos preços dos transportes públicos.

Na sexta-feira, depois de duas semanas de protestos, a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff fez uma comunicação ao país, prometendo medidas para melhorar os serviços públicos nas áreas dos transportes, saúde e educação. Dilma afirmou, ainda, que receberá os manifestantes, mas condenou os actos de violência e de vandalismo que têm marcado alguns dos protestos.

Segundo um inquérito realizado pelo jornal Folha de São Paulo, dois terços dos paulistanos são favoráveis a mais manifestações.