PS disponível para compromisso para estabilizar quadro fiscal em Portugal

Paulo Portas quer reduzir carga fiscal ainda nesta legislatura e apela ao diálogo com o maior partido da oposição.

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"Propaganda em momentos chave" considerou Carlos Zorrinho Nuno Ferreira Santos

"Uma perspectiva integrada sobre fiscalidade, designadamente a formulação de uma perspectiva fiscal estável para Portugal, é algo que deveria contar com o empenhamento de todos os partidos. Contará certamente com o empenhamento do PS", declarou nesta quarta-feira o líder da bancada socialista, Carlos Zorrinho.

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"Uma perspectiva integrada sobre fiscalidade, designadamente a formulação de uma perspectiva fiscal estável para Portugal, é algo que deveria contar com o empenhamento de todos os partidos. Contará certamente com o empenhamento do PS", declarou nesta quarta-feira o líder da bancada socialista, Carlos Zorrinho.

Esta posição de abertura do PS ao nível da reforma fiscal foi transmitida aos jornalistas por Carlos Zorrinho, depois de confrontado com a proposta do líder do CDS e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros no sentido de se proceder a uma redução do IRS ainda na presente legislatura.

No caso específico desta proposta, que fará parte da moção que Paulo Portas levará ao congresso do CDS, o PS recebeu-a como cepticismo.

"O PS está a trabalhar num pacote fiscal, mas demarca-se de anúncios de propaganda em momentos chave, que depois não dão origem a nada. Quantas vezes o Governo já anunciou a descida do IRC? Agora parece que é daqui a sete anos", comentou Carlos Zorrinho.

O presidente do grupo parlamentar do PS salientou depois que os socialistas são favoráveis "a medidas integradas de fomento ao crescimento económico e à procura interna".

"Mas discordamos que o Governo use bandeiras que, em momentos de dificuldade, atira sem ter qualquer perspectiva integrada", acrescentou o líder da bancada socialista.